Dia 22 de janeiro de 2018 – Segunda-feira da 3ª semana do Tempo Comum
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. Marcos 3,22-30:
Naquele tempo, os escribas que tinham descido de Jerusalém diziam: «Está possesso de Belzebu», e ainda: «É pelo chefe dos demônios que Ele expulsa os demônios».
Mas Jesus chamou-os e começou a falar-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás?
Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode aguentar-se.
E se uma casa estiver dividida contra si mesma, essa casa não pode durar.
Portanto, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não pode subsistir: está perdido.
Ninguém pode entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens, sem primeiro o amarrar: só então poderá saquear a casa.
Em verdade vos digo: Tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e blasfêmias que tiverem proferido;
mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca terá perdão: será réu de pecado para sempre».
Referia-Se aos que diziam: «Está possesso dum espírito impuro».
Comentário do dia
São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Suma Teológica
O príncipe deste mundo vai ser lançado fora
Os milagres de Cristo visavam manifestar a sua divindade; ora, esta devia ficar oculta aos demônios, senão o mistério da Paixão seria impedido: «Se eles tivessem conhecido o Senhor de glória, não O teriam crucificado» (1Cor 2,8). Parece portanto que Cristo não devia fazer milagres sobre os demônios. […] No entanto, o profeta Zacarias predissera esses prodígios, ao dizer: «Expulsarei do país o espírito de impureza» (Zc 13,2). De fato, os milagres de Cristo eram provas em favor da fé que Ele ensinava; desse modo, era natural que, pela força da sua divindade, Ele abolisse o poder dos demônios nos homens que iam crer em Si, segundo as palavras de S. João : «Agora, o príncipe deste mundo vai ser lançado fora» (Jo 12,31).
Convinha portanto que, entre outros milagres, Cristo libertasse dos demônios os homens que estavam por eles possuídos. […] Por outro lado, escreve S.to Agostinho, «Cristo deu-Se a conhecer aos demônios tanto quanto quis, e quis isso quanto Lhe foi preciso, […] através de certos efeitos materiais do seu poder». Ao ver os seus milagres, o demônio acreditou por conjetura que Cristo era Filho de Deus: «Os demônios sabiam que Ele era Cristo», diz S. Lucas; se reconheciam que Ele era o Filho de Deus, «era mais por via da conjetura do que pela via da certeza», faz notar S. Beda. Quanto aos milagres que Cristo realizou ao expulsar os demônios, não os fez para utilidade destes, mas para a dos homens, para que estes dessem glória a Deus. Era por isso que Ele impedia os demônios de dizerem fosse o que fosse em seu louvor. S. João Crisóstomo observa : «Não convinha que os demônios se arrogassem a glória do papel desempenhado pelos apóstolos, nem que línguas de mentira pregassem o mistério de Cristo».
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de janeiro, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização: Minorias religiosas na Ásia
Para que, nos países asiáticos, os cristãos, bem como as outras minorias religiosas, possam viver a sua fé com toda a liberdade.