6º Domingo da Páscoa – 26 de Maio de 2019
Evangelho – Jo 14,23-29
O Espírito Santo vos recordará
tudo o que eu vos tenho dito.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 14,23-29:
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
23 ‘Se alguém me ama,
guardará a minha palavra,
e o meu Pai o amará,
e nós viremos e faremos nele a nossa morada.
24 Quem não me ama,
não guarda a minha palavra.
E a palavra que escutais não é minha,
mas do Pai que me enviou.
25 Isso é o que vos disse enquanto estava convosco.
26 Mas o Defensor, o Espírito Santo,
que o Pai enviará em meu nome,
ele vos ensinará tudo
e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.
27 Deixo-vos a paz,
a minha paz vos dou;
mas não a dou como o mundo.
Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.
28 Ouvistes que eu vos disse:
‘Vou, mas voltarei a vós`.
Se me amásseis,
ficaríeis alegres porque vou para o Pai,
pois o Pai é maior do que eu.
29 Disse-vos isto, agora,
antes que aconteça,
para que, quando acontecer,
vós acrediteis.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005)
papa
Encíclica «Dominum et vivificatem», §24 (trad. Liberria Editrice Vaticana, rev.)
«O Paráclito […] vos recordará tudo o que Eu vos disse»
Cristo, que tinha entregado o espírito na Cruz (Jo 19,30) como Filho do Homem e Cordeiro de Deus, uma vez ressuscitado, vai ter com os Apóstolos para soprar sobre eles (Jo 20,22). […] A vinda do Senhor enche de alegria os presentes: a sua tristeza converte-se em alegria (Jo 16,20), como Ele já lhes tinha prometido antes da sua Paixão. E sobretudo, verifica-se o anúncio principal do discurso de despedida: Cristo ressuscitado, como que dando início a uma nova criação, «traz» aos Apóstolos o Espírito Santo. Trá-lO à custa da sua «partida»; dá-lhes o Espírito como que através das feridas da sua crucifixão: «mostrou-lhes as mãos e o lado» (Jo 20,20).
É em virtude da mesma crucifixão que Ele lhes diz: «Recebei o Espírito Santo» (v. 22). Estabelece-se assim uma íntima ligação entre o envio do Filho e o do Espírito Santo. Não existe envio do Espírito Santo (depois do pecado original) sem a Cruz e a ressurreição: «Se Eu não for, não virá a vós o Consolador» (Jo 16,7). Estabelece-se também uma íntima ligação entre a missão do Espírito Santo e a missão do Filho na redenção.
Esta missão do Filho, num certo sentido, tem o seu «cumprimento» na redenção. A missão do Espírito Santo vai haurir algo da redenção: «Ele receberá do que é meu para vo-lo anunciar» (Jo 16,15). A redenção é totalmente operada pelo Filho, como Ungido que veio e agiu com o poder do Espírito Santo, oferecendo-Se por fim em sacrifício supremo no madeiro da Cruz. E esta redenção é, ao mesmo tempo, constantemente operada nos corações e nas consciências humanas — na história do mundo — pelo Espírito Santo, que é o «outro Consolador» (Jo 14,16).
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de maio, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização
A missão dos leigos
Para que os fiéis leigos realizem a sua missão específica colocando a sua criatividade ao serviço dos desafios do mundo atual.