«Ó mulher, grande é a tua fé; faça-se como desejas» – São Beda, o Venerável (c. 673-735)

Leituras Bíblicas

Dia 03 de agosto de 2011

Ano da Liturgia, especialmente da Eucaristia
– Tema: “Eucaristia, fonte e cume da vida e missão da Igreja”
– Lema: Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram” (Lc 24,31)

Quarta-feira da 18ª semana do Tempo Comum

Livro de Números 13,1-2.25-33.14,1.26-29.34-35

O Senhor falou a Moisés:
«Manda homens para explorar a terra de Canaã, que Eu hei de dar aos filhos de Israel; enviarás um homem por cada tribo da casa de seus pais, todos dentre os principais.»
Ao fim de quarenta dias, regressaram de explorar a terra.
Vieram ter com Moisés e Aarão e com toda a assembleia dos filhos de Israel no deserto de Paran, em Cadés. Transmitiram-lhes a informação e todo o testemunho, mostrando-lhes o fruto da terra.
Contaram, dizendo: «Fomos à terra aonde nos enviastes; lá, em verdade, corre leite e mel, e estes são os seus frutos.
Todavia, o povo que habita nessa terra é bastante forte, tem cidades muito grandes amuralhadas, e até lá vimos os descendentes de Anac.
Amalec habita na terra do Négueb, os hititas, os jebuseus, os amorreus habitam na montanha e os cananeus habitam junto ao mar e na margem do Jordão.»
Caleb fez calar o povo que murmurava contra Moisés e disse: «Subamos e apoderemo-nos da terra, pois, sem dúvida, havemos de conseguir conquistá-la.»
Mas os homens que tinham subido com ele disseram: «Não podemos atacar esse povo, porque é mais forte do que nós.»
E contaram a má fama da terra que tinham explorado, dizendo aos filhos de Israel: «A terra que atravessámos para a explorar é terra que devora os seus habitantes e todo o povo que nela vimos é gente de grande estatura.
Até lá vimos os gigantes, filhos de Anac, da raça dos gigantes; parecíamos gafanhotos diante deles e eles assim nos consideravam.»
Levantou-se toda a assembleia a gritar e o povo chorou toda essa noite.
O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
«Até quando terei de ouvir esta assembleia má a murmurar contra mim? Ouvi as murmurações que os filhos de Israel fazem continuamente contra mim.
Dir-lhes-ás: ‘Como Eu sou vivo – oráculo do Senhor – segundo as palavras que vos ouvi dizer, assim mesmo vos farei.
Neste deserto cairão os vossos cadáveres e todos os vossos recenseados de vinte anos para cima, que murmuraram contra mim.
Conforme o número de dias em que explorastes a terra, quarenta dias, equivalendo cada dia a um ano, haveis de carregar durante quarenta anos as vossas iniquidades e reconhecereis o meu desagrado’.
Eu, o Senhor, declaro: Hei-de fazer isto a toda esta assembleia má que se revoltou contra mim neste deserto. Aqui se acabarão e morrerão!’»

Livro de Salmos 106(105),6-7a.13-14.21-22.23:

Pecamos, como os nossos pais, fomos ímpios e pecadores.
Os nossos pais, quando estavam no Egito, não entenderam as tuas maravilhas nem tiveram presente a imensidade do teu amor; revoltaram-se junto ao Mar dos Juncos.
Mas depressa esqueceram as suas obras e não confiaram nos seus planos.
Cederam aos seus instintos, no deserto, e provocaram a Deus, no descampado.

Esqueceram a Deus, que os salvara, que realizara prodígios no Egito,
maravilhas do país de Cam, feitos gloriosos no Mar dos Juncos.
Deus decidiu aniquilá-los. Moisés, porém, seu escolhido, intercedeu junto dele, para acalmar a sua ira destruidora.

Evangelho segundo S. Mateus 15,21-28:

Jesus partiu dali e retirou-se para os lados de Tiro e de Sídon.
Então, uma cananeia, que viera daquela região, começou a gritar: «Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demônio.»
Mas Ele não lhe respondeu nem uma palavra. Os discípulos aproximaram-se e pediram-lhe com insistência: «Despacha-a, porque ela persegue-nos com os seus gritos.»
Jesus replicou: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.»
Mas a mulher veio prostrar-se diante dele, dizendo: «Socorre-me, Senhor.»
Ele respondeu-lhe: «Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorros.»
Retorquiu ela: «É verdade, Senhor, mas até os cachorros comem as migalhas que caem da mesa de seus donos.»
Então, Jesus respondeu-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se como desejas.» E, a partir desse instante, a filha dela achou-se curada.

Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge, Doutor da Igreja
Homilia sobre os Evangelhos, I, 22: CCL 122, 156-160, PL 94, 102-105

«Ó mulher, grande é a tua fé; faça-se como desejas»

O Evangelho mostra-nos a grande fé, a paciência, a perseverança e a humildade da Cananeia. […] Esta mulher era dotada de uma paciência verdadeiramente fora do comum. Ao seu primeiro pedido, o Senhor não responde uma palavra. Apesar disso, longe de cessar de rezar, ela implora-Lhe com redobrada insistência o socorro da Sua bondade. […] Vendo o ardor da nossa fé e a tenacidade da nossa perseverança na oração, o Senhor acabará por ter piedade de nós e conceder-nos-á o que desejamos.

A filha da Cananeia era «atormentada por um demônio». Uma vez expulso o nefasto desassossego dos nossos pensamentos e desfeitos os nós dos nossos pecados, a serenidade do espírito voltará a nós, bem como a possibilidade de agirmos corretamente. […] Se, a exemplo da Cananeia, perseverarmos na oração com uma firmeza inabalável, a graça do nosso Criador ser-nos-á concedida; ela corrigirá todos os nossos erros, santificará tudo o que é impuro, pacificará toda a agitação. Porque o Senhor é fiel e justo. Perdoar-nos-á os nossos pecados e purificar-nos-á de toda a mancha, se gritarmos por Ele com a voz vigilante do nosso coração.  

Rezemos nas intenções do Papa e da Igreja para este mês:

Geral: Para que o Dia Mundial da Juventude, que se realiza em Madri, encoraje todos os jovens do mundo a fortalecer e fundar a sua vida em Cristo.
Missionária: Para que os cristãos do Ocidente, dóceis à ação do Espírito Santo, reencontrem o vigor e o entusiasmo de sua fé.

 

 

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