6ª-feira da 7ª Semana Do Tempo Comum – 1 de Março de 2019 – Cor: Verde
Evangelho – Mc 10,1-12
O que Deus uniu, o homem não separe!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 10,1-12:
Naquele tempo:
1 Jesus foi para o território da Judéia,
do outro lado do rio Jordão.
As multidões se reuniram de novo, em torno de Jesus.
E ele, como de costume, as ensinava.
2 Alguns fariseus se aproximaram de Jesus.
Para pô-lo à prova,
perguntaram se era permitido ao homem
divorciar-se de sua mulher.
3 Jesus perguntou:
‘O que Moisés vos ordenou?’
4 Os fariseus responderam:
‘Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio
e despedi-la’.
5 Jesus então disse:
‘Foi por causa da dureza do vosso coração
que Moisés vos escreveu este mandamento.
6 No entanto, desde o começo da criação,
Deus os fez homem e mulher.
7 Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe
e os dois serão uma só carne.
8 Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9 Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!’
10 Em casa, os discípulos fizeram, novamente,
perguntas sobre o mesmo assunto.
11 Jesus respondeu:
‘Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra,
cometerá adultério contra a primeira.
12 E se a mulher se divorciar de seu marido
e casar com outro, cometerá adultério.’
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Crisóstomo (c. 345-407)
presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia 20 sobre a Carta aos Efésios, 4, 8, 9: PG 62, 140ss.
«O homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne»
O que deves dizer à tua mulher? Diz-lhe com muita ternura: «Escolhi-te, amo-te e prefiro-te à minha própria vida. A existência presente nada é; por essa razão, as minhas orações, as minhas recomendações e todas as minhas ações destinam-se a fazer com que nos seja dado passar esta vida de tal maneira, que voltemos a reunir-nos na vida futura sem qualquer receio de sermos separados. O tempo que vivemos é breve e frágil. Se nos for dado agradar a Deus durante esta vida, estaremos para sempre com Cristo e um com o outro, numa felicidade sem limites.
O teu amor arrebata-me mais que tudo, e não conhecerei infelicidade tão insuportável como a de estar separado de ti. Mesmo que tivesse de perder tudo, de ser pobre que nem um mendigo, de passar pelos maiores perigos e de sofrer fosse o que fosse, tudo isso me seria suportável desde que o teu afeto por mim não diminuísse. Só com base neste amor desejo ter filhos.»
E convém que adeques o teu comportamento a essas palavras. […] Mostra à tua mulher que aprecias viver com ela e que, por causa dela, preferes estar em casa que na rua. Prefere-a a todos os teus amigos, e mesmo aos filhos que ela te deu; que estes sejam amados por ti por causa dela. […] Fazei as vossas orações em comum. Ide à igreja e, ao regressar a casa, contai um ao outro o que foi dito e o que foi lido. […]
Aprendei a temer a Deus, e tudo o resto decorrerá daqui, e a vossa casa encher-se-á de inúmeros bens. Aspiremos aos bens incorruptíveis, que os outros não nos faltarão. Procurai primeiro o Reino de Deus, e o resto ser-vos-á dado por acréscimo, como nos diz o evangelho (Mt 6,33).
Intenção do Apostolado da Oração
Reconhecimento dos direitos das comunidades cristãs
Pelas comunidades cristãs, em particular as que são perseguidas, para que sintam a proximidade de Cristo e para que os seus direitos sejam reconhecidos.