25 de setembro de 2015 – Sexta-feira da 25ª semana do Tempo Comum
15º aniversário da Diocese de Blumenau – Ano da Missão Diocesana
Evangelho segundo S. Lucas 9,18-22:
Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?»
Responderam-lhe: «João Batista; outros, Elias; outros, um dos antigos profetas ressuscitado.»
Disse-lhes Ele: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Pedro tomou a palavra e respondeu: «O Messias de Deus.»
Ele proibiu-lhes formalmente de o dizerem fosse a quem fosse;
e acrescentou: «O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.»
Comentário do dia
Cardeal Joseph Ratzinger (Bento XVI, Papa de 2005 a 2013)
«Der Gott Jesu Christi»
«O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado […] morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.»
Ser homem significa ser para a morte; ser homem significa ter de morrer. […] Viver neste mundo quer dizer morrer. «Fez-Se homem» (Credo) significa que também Cristo foi para a morte. A contradição que é própria da morte do homem atinge em Cristo a sua acuidade extrema porque, nele, que está em comunhão total com o Pai, o isolamento absoluto da morte é um puro absurdo. Por outro lado, nele, a morte tem também a sua necessidade; na verdade, o fato de estar com o Pai está na raiz da incompreensão que os homens Lhe testemunham, na raiz da sua solidão no meio das multidões. A sua condenação é o ato último da não-compreensão, da expulsão deste Incompreendido para uma zona de silêncio.
De igual forma, pode-se entrever alguma coisa da dimensão interior da sua morte. No homem, morrer é sempre um acontecimento simultaneamente biológico e espiritual. Em Jesus, a destruição dos suportes corporais da comunicação quebra o seu diálogo com o Pai. Portanto, o que se rompe na morte de Jesus Cristo é mais importante do que em qualquer morte humana; nela é destruído o diálogo que é o verdadeiro eixo do mundo inteiro.
Mas, tal como este diálogo O tinha tornado solitário e estava na raiz da monstruosidade desta morte, assim em Cristo a ressurreição está já fundamentalmente presente. Por ela, a nossa condição humana insere-se na partilha trinitária do amor eterno. Ela jamais pode desaparecer; para lá do limiar da morte, ergue-se de novo e recria a sua plenitude. Só a Ressurreição revela, pois, o caráter único e decisivo deste artigo da nossa fé: «Fez-Se homem.» […] Cristo é plenamente humano e sê-lo-á para sempre. Por Ele, a condição humana entrou no próprio ser de Deus; é esse o fruto da sua morte.
Com o Papa e todo o povo de Deus, neste mês de setembro, rezemos nas seguintes intenções
Universal: Oportunidades para os jovens Para que abundem as oportunidades de formação e de trabalho para os jovens.
Pela Evangelização: Catequistas, testemunhas da fé Para que a vida dos catequistas seja um testemunho coerente da fé que anunciam.