Dia 05 de junho de 2017 – Segunda-feira da 9ª semana do Tempo Comum
No Brasil, Ano Mariano (2016 – 12.10 – 2017), instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Marcos 12,1-12:
Naquele tempo, Jesus começou a falar em parábolas aos príncipes dos sacerdotes, aos escribas e aos anciãos: «Um homem plantou uma vinha. Cercou-a com uma sebe, construiu um lagar e ergueu uma torre. Depois arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe.
Quando chegou o tempo, enviou um servo aos vinhateiros para receber deles uma parte dos frutos da vinha.
Os vinhateiros apoderaram-se do servo, espancaram-no e mandaram-no sem nada.
Enviou-lhes de novo outro servo. Também lhe bateram na cabeça e insultaram-no.
Enviou-lhes ainda outro, que eles mataram. Enviou-lhes muitos mais e eles espancaram uns e mataram outros.
O homem tinha ainda alguém para enviar: o seu querido filho; e enviou-o por último, dizendo consigo: «Respeitarão o meu filho».
Mas aqueles vinhateiros disseram entre si: «Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e a herança será nossa».
Apoderaram-se dele, mataram-no e lançaram-no fora da vinha.
Que fará então o dono da vinha? Virá ele próprio para exterminar os vinhateiros e entregará a outros a sua vinha.
Não lestes esta passagem da Escritura: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se pedra angular.
Isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’?». Procuraram então prender Jesus, pois compreenderam que tinha dito para eles a parábola.
Mas tiveram receio da multidão e por isso deixaram-n’O e foram-se embora.
Comentário do dia
Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa
Diálogo 23
O dono da vinha
[Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe]: «Toda a criatura dotada de razão possui em si uma vinha, que é a vinha da alma. A vontade, pelo livre arbítrio, é o obreiro dessa vinha durante o tempo da vida; passado esse tempo, já ela não pode ali fazer mais nenhum trabalho, bom ou mau, mas durante a vida pode cultivar a sua vinha, para a qual Eu a enviei. Esse obreiro da alma recebeu de Mim uma força tal, que não há demónio ou criatura alguma que lha possa tirar, se a estes se opuser. Foi no batismo que recebeu essa força e ao mesmo tempo o gládio do amor pela virtude e do ódio ao pecado. Foi por esse amor e esse ódio, pelo amor por vós e pelo ódio ao pecado, que morreu o meu Filho unigénito, por vós derramando todo o seu sangue. E é este amor pela virtude e este ódio ao pecado, que encontrais no santo batismo, que vos dá vida pela força do seu sangue […].
«Arrancai pois os espinhos dos pecados mortais e plantai as virtudes […], praticai a contrição, tende desgosto pelo pecado e amor à virtude; recebereis então os frutos do sangue do meu Filho. Não podereis recebê-los se não vos dispuserdes a tornar-vos bons ramos, unidos ao tronco da videira, o meu Filho, que disse: “Eu sou a videira verdadeira, o meu pai é o agricultor, e vós, os ramos” (Jo 15,1.5).
«Esta é a verdade. Sou Eu o verdadeiro agricultor, pois toda a coisa que possui ser veio e vem de Mim. O meu poder é insondável e pelo meu poder e a minha força governo todo o universo, pois nada é feito nem ordenado sem ser por Mim. Sim, sou o agricultor; fui Eu quem plantou a verdadeira videira, o meu Filho unigénito, na terra da vossa humanidade, para que vós, que sois ramos, unidos a esta videira, deis fruto».
Neste mês de junho, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: Pelos responsáveis das nações, para que se empenhem decididamente em pôr fim ao comércio de armas, que provoca tantas vítimas inocentes.