11 de setembro de 2015 – Sexta-feira da 23ª semana do Tempo Comum
15º aniversário da Diocese de Blumenau – Ano da Missão Diocesana
Evangelho segundo S. Lucas 6,39-42:
Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos ainda esta parábola: «Um cego pode guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova?
Não está o discípulo acima do mestre, mas o discípulo bem formado será como o mestre.
Porque reparas no cisco que está na vista do teu irmão, e não reparas na trave que está na tua própria vista?
Como podes dizer ao teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco da tua vista’, tu que não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás para tirar o argueiro da vista do teu irmão.»
Comentário do dia
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário sobre o evangelho de Lucas, 6
O discípulo bem formado será como o seu mestre
«O discípulo não está acima do mestre. Será perfeito se for como o mestre.» Os bem-aventurados discípulos estavam destinados a tornar-se guias e mestres espirituais da terra inteira. Por isso, tinham de dar provas, mais do que quaisquer outros, de um fervor visível, e de estar familiarizados com a maneira de viver segundo o Evangelho e dispostos a praticar qualquer boa obra. Pois teriam de transmitir àqueles que instruíssem a doutrina exata, salutar e estritamente conforme à verdade, depois de primeiramente a terem contemplado e de terem deixado a luz divina iluminar a sua inteligência. Sem isso, seriam cegos a conduzir outros cegos. É que os que estão mergulhados nas trevas da ignorância não podem conduzir ao conhecimento da verdade os homens que sofrem essa mesma ignorância. Aliás, correriam o risco de cair todos juntos no abismo das suas más tendências.
Foi por isso que, querendo travar a inclinação para a vanglória que se encontra em tantas pessoas e dissuadi-las de rivalizar com os seus mestres para ultrapassarem a reputação destes, o Senhor disse: «Não está o discípulo acima do mestre.» Mesmo se acontecer que alguém atinja um grau de virtude igual à dos seus predecessores, essa pessoa deverá sobretudo imitar a modéstia deles. Paulo dá-nos uma prova disso quando diz: «Sede meus imitadores, como eu próprio o sou de Cristo» (1Cor 11,1).
Se é assim, porque julgas, se o Mestre não julga ainda? Com efeito, Ele não veio para julgar o mundo (Jo 12,47), mas para lhe trazer a graça. […] «Se Eu não julgo, diz-te Ele, não julgues também tu, que és meu discípulo. Pode acontecer que sejas mais culpado do que aquele que estás julgando. […] Porque reparas no cisco que está no olho do teu irmão?»
Com o Papa e todo o povo de Deus, neste mês de setembro, rezemos nas seguintes intenções
Universal: Oportunidades para os jovens Para que abundem as oportunidades de formação e de trabalho para os jovens.
Pela Evangelização: Catequistas, testemunhas da fé Para que a vida dos catequistas seja um testemunho coerente da fé que anunciam.