Os registros mais antigos indicam seu nome como Frigianu ou Frigdianus.
Nasceu na Irlanda. Cristão e monge, teria saído de sua terra natal como peregrino e estudante, com destino a Roma. Encontra-se os registros de sua permanência nos arredores da cidade de Luca, na Toscana – Itália; vivendo como ermitão.
A presença do monge foi reconhecida pela população tipicamente rural, sempre castigada pelas enchentes do rio Serchio que passa ao lado da cidade. A sua vida austera, de trabalho, oração e penitência, somada à sabedoria e cultura, se tornaram evidentes. Também sobressaia sua energia e liderança.
O clero e o povo da localidade reconheceram que Frediano era o cidadão mais indicado para ser seu bispo. Possuía seus dons naturalmente sempre valorizados, e que, especialmente nesse período histórico tão tumultuado do país, eram essenciais. Assim foi eleito e consagrado bispo de Luca em 560. Um fato inusitado.
Utilizou toda o conhecimento que possuía sobre matemática, engenharia, agricultura e hidrografia, para ajudar a população. As suas ações logo ganhavam fama de prodígio. O mais divulgado, e que se notabilizou, foi o que cita o desvio do curso do rio Serchio e do conseqüente beneficio causado a toda a zona rural de Luca.
Segundo a tradição, Frediano traçou com um restelo o novo curso do rio, no qual, por meio de um prodígio, as águas se canalizaram logo em seguida. Conduziu o rebanho de sua diocese com muita dedicação e caridade. Sempre cuidando dos desamparados, era incansável, na busca de doações para construir asilos, orfanatos, hospitais, igrejas e mosteiros.
O bispo Frediano veio a falecer no dia 18 de março de 588.
Daquele momento em diante, a fama de santidade de Frediano e o célebre episódio do rio Serchio alastraram-se e a sua devoção se fez ainda mais intensa. Foi até citada no livro “Diálogos”, escrito pelo papa São Gregório Magno. Também as congregações que se estabeleciam na sua basílica, em Luca, difundiram-lhe o culto.
Sua obra cresceu na bem antiga e pequena comunidade monástica, os conhecidos “Cônegos de São Frediano”, os quais o bispo Anselmo de Baggio, se tornou papa Alexandre II.
A sua festa acontece no dia 18 de novembro, data que recorda o traslado das suas relíquias, no século XI, para a atual Basílica de São Frediano, em Luca.
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