O bispo, quem é? – Texto de Pe. Raul Kestring

No próximo dia 29 de agosto, sábado, às 8h, na Catedral São Paulo Apóstolo, Blumenau, realiza-se festiva celebração eucarística de ação de graças pelo transcurso do 5º aniversário de posse de Dom Rafael Biernaski como bispo diocesano de Blumenau. Os padres, diáconos, religiosos, religiosas, e a comunidade estão sendo convidados a efetivamente participar. Manifestamos, assim, nossa gratidão ao Pai do céu que, através do Papa Francisco, presenteou Blumenau com um pastor zeloso, amigo, perseverante, fiel.

Sabemos que os lugares de presença de fiéis em nossa Catedral, conforme as normas de saúde vigentes, está limitado. Dessa forma, nos conformamos com o número reduzido de participantes fisicamente da solene celebração. Por outro lado, parece que já nos acostumamos a nos conectarmos através dos meios de comunicação, especialmente pelo rádio, pelas plataformas digitais, sites, facebook, youtube. Ainda mais: através de tais instrumentos comunicacionais, nós nos veremos unidos certamente a irmãos e irmãs na fé para além dos limites da nossa Diocese e do nosso Estado, quiçá do nosso País.
Em ocasião tão inédita como esta, porém, uma pergunta pode nos servir de aprofundamento na fé, despertando nossa consciência para vivenciarmos o significado do ministério episcopal que deriva diretamente do Senhor Jesus e dos santos apóstolos.

Quem é o bispo?
Para responder adequadamente a esta pergunta, nada melhor do que recorrer ao ensinamento da Igreja, elaborado pelos bispos reunidos juntamente com o Papa, no Concilio Ecumênico Vaticano II (1962-1965). Este Documento, intitulado Lumen Gentium (A luz dos povos), é classificado como dogmático, isto é, define pontos de doutrina. Em seu número 20, lemos: “Para que a missão confiada aos apóstolos por Jesus, fosse continuada após a sua morte, (os apóstolos) impuseram a seus colaboradores imediatos, como que por testamento, o múnus de completar e confirmar a obra iniciada por eles, recomendando-lhes que atendessem a todo o rebanho no qual o Espírito Santo os constituíra para apascentar a Igreja de Deus. Constituíram, pois, tais varões e, em seguida ordenaram que, quando eles morressem, outros homens íntegros assumissem o seu ministério”.

Está muito claro aí que os apóstolos, tendo recebido diretamente de Jesus a missão de cuidar do seu rebanho, “impuseram a seus colaboradores” a mesma missão. Assim fez o apóstolo Paulo, quando, já prisioneiro, próximo da morte, confiou a Timóteo a tarefa de continuar a sua obra, aquela que recebera do próprio Jesus e dos outros apóstolos. Escreve-lhe Paulo: “Rogo a você diante de Deus e de Jesus Cristo, que há de vir para julgar os vivos e os mortos, pela sua manifestação e pelo seu Reino: Proclame a Palavra, insista no tempo oportuno e inoportuno, advertindo, reprovando e aconselhando com toda a ciência e doutrina” (2Tm 4,1-2).

É ressaltada nesse texto bíblico o aspecto da evangelização. O bispo é o mestre da Palavra por excelência. Mas ainda de acordo com a Lumen Gentium (21), a ordenação episcopal confere também os poderes de santificar, isto é, de abençoar, presidir a celebração dos sacramentos, e governar, isto é, administrar, legislar no que tange a assuntos eclesiais. São três atribuições distintas, mas não separadas. Melhor dizendo, são três aspectos da função única do Pastor, Sucessor dos Apóstolos, exercidos em comunhão com o Papa e os demais bispos, em colegialidade.

É preciso ainda destacar que, como nas primeiras comunidades cristãs, aliás, já no tempo da missão terrena de Jesus, o chamado era estendido a todos para colaborarem no anúncio do Reino. Mulheres, homens, jovens, crianças, pecadores, santos, gente simples e culta, de todas as classes e profissões, ninguém era excluído do grande mutirão da salvação. E assim continua até os nossos dias. Talvez se possa dizer que o nosso tempo exige ainda mais essa corresponsabilidade. Pois o mundo progrediu em tantos aspectos, graças à maravilhosa inteligência dada pelo Criador ao ser humano. De outro lado, parece que os obstáculos e dificuldades à evangelização aumentaram, se complicaram ainda mais. Sem negativismos, porém, atendamos às grandes oportunidades aí proporcionada aos evangelizadores.

Celebremos, portanto, sempre, não só no próximo sábado, esse imenso dom de Deus que é a presença a missão de Dom Rafael entre nós! Verdadeiro mistério do amor divino na pessoa, nos atos e palavras de um ser humano escolhido!

Pe. Raul Kestring

Leia mais sobre o bispo, sua identidade e missão

 

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