Em 2012, o foco da Diocese será na instituição familiar, incluindo a atenção aos casais de segunda união
Família como lugar e escola de comunhão, primeiro lugar para a iniciação à vida cristã das crianças, no seio da qual os pais são os primeiros catequistas. Também é o eixo de toda a evangelização. Por isso, a família merece um olhar e uma consideração especial.
A Diocese de Blumenau prioriza a família, pois é um dos tesouros mais importantes e patrimônio da humanidade inteira, sendo a família o lugar de realização humana, de santificação na experiência da paternidade e maternidade, filiação e de educação contínua e permanente da fé.
A Diocese de Blumenau, a partir da Assembléia Diocesana, programou um triênio missionário, sendo que 2012 será o Ano da Família, 2013 será o Ano da Juventude e 2014, o Ano das Lideranças.
Para o Ano da Família, a Diocese propõe três objetivos:
1. Criar e promover a unidade entre pastorais e movimentos familiares,a partir de encontros e celebrações em âmbito comarcal e diocesano.
2. Conhecer a realidade familiar das paróquias.
3. Revalorizar o processo de preparação para o matrimônio.
Também foram elencadas as seguintes atividades:
1. Visitação das famílias para a realização do levantamento da realidade familiar da Diocese.
2. Encontros com os movimentos familiares.
3. Retiro para todos os movimentos.
4. Um mega show com Padre Zezinho, voltado para as famílias.
5. Encontros de capacitação de agentes pastorais e de movimentos.
6. Fazer um levantamento dos casais que vivem juntos, em segunda união e em crise.
7. Missa de abertura da Semana da Família.
8. Um domingo diferente para casais de segunda união.
9. Encontro Diocesano da família.
Além destes objetivos e atividades, as paróquias, a partir das pastorais e movimentos, poderão realizar outras ações. O grande desafio é unir os movimentos familiares, a fim de que, juntos possam chegar até a família e concretizar a ação missionária, neste ano a ela dedicado. A família deve ser o alvo da evangelização.
Padre João Bandoch, coordenador diocesano de Pastoral
Dia Nacional da Família
No dia 24 de outubro de 1963, o Decreto Federal nº.52.748 criou o Dia Nacional da Família, estabelecendo-o para o dia 8 de dezembro. No texto fi cou claro que na família ideal deve existir, em primeiro lugar, o amor, base de uma boa convivência. Atrelado a ele devemos ter confiança, obediência, cooperação, tolerância e principalmente o respeito.
Ainda bem que alguém se lembrou de criar um dia para a família, já que existe dia para tudo. Nós, seguidores de Cristo e dos seus ensinamentos, já somos orientados por uma lei um pouco mais antiga, digamos de uns 2000 anos atrás. Ela não foi criada por decreto ou com palavras, mas com testemunho, com exemplo de vida. Não foi registrada em cartório, mas nos corações, nas consciências.
A lei dos homens, que procura se inspirar na Lei de Deus, diz que é preciso “amar, confi ar e respeitar”. Mas, amor, confi ança e respeito não se impõem, se conquistam. Na Idade Média, na família, imperava o machismo, em que o homem era o todo- poderoso. Os casamentos eram arranjados, visando a interesses fi nanceiros e políticos. Os filhos raramente recebiam carinho do pai. Poderíamos perguntar: será que hoje mudou muita coisa nesse sentido?
Para as famílias cristãs, com certeza, todomuita coisa mudou. A mulher conquistou dignidade e o homem evoluiu, descobrindo a verdadeira essência do amor. Abriu os olhos e vislumbrou a beleza que podemos encontrar na família. Entendeu que Deus não criou uma escrava e sim uma igual para compartilhar o milagre da geração dos fi lhos. E Deus dá os fi lhos para serem amados, preparados para a vida, ensinados nos caminhos da fé para, depois, habitarem o céu, com os anjos e santos.
Aprendemos na escola que a família é a base da sociedade, mas a sociedade tem de compreender que não existe família sem valores. São os valores da vida, do respeito, da fé, do amor, que constroem efetivamente a família. Os pais, antes de mais nada, precisam ser modelos para os fi lhos, transformar sua casa em uma Igreja Doméstica, educar os fi lhos à luz da Palavra de Deus. É importante que os filhos tenham cultura, profissão, educação, mais importante, porém, é que se tornem cristãos autênticos e cidadãos conscientes.
Padre Raul Kestring