31ª Domingo do Tempo Comum – 04 de novembro de 2018
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Leituras
Ap 7,2-4.9-14
Sl 23(24),1-2.3-4ab.5-6
1Jo 3,1-3
Mt 5,1-12a
Primeira Leitura: Ap 7,2-4.9-14:
2 E vi um outro anjo que subia do lado onde nasce o sol, levando o selo do Deus vivo. Ele gritou em alta voz aos quatro anjos que tinham recebido poder para danificar a terra e o mar, dizendo:
3 “Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, enquanto não marcarmos a fronte dos servos de nosso Deus”.
4 Então, ouvi o número dos que foram marcados: cento e quarenta e quatro mil marcados de toda a tribo dos filhos de Israel.
9 Depois disso, vi uma grande multidão de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas. Ninguém conseguia, contá-la. Todos estavam em pé diante do trono e diante do Cordeiro. Trajavam roupas brancas e levavam palmas na mão.
10 E eles gritavam bem alto: “A salvação é de nosso Deus, que está sentado no trono, e do Cordeiro!”.
11 E todos os anjos estavam de pé, rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres vivos. Prostravam-se de face em terra diante do trono e adoravam a Deus dizendo:
12 “Amém! louvor, glória, sabedoria, ações de graça, honra, poder e força ao nosso Deus para sempre. Amém”. 13 Então um dos anciãos falou comigo, perguntando: “Quem são estes que estão vestidos com vestes brancas? De onde vêm?”.
14 Respondi: “Meu Senhor, tu o sabes”. E ele me disse: “Esses são os que saíram da grande tribulação. Eles lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro.
Salmo: Sl 23(24),1-2.3-4ab.5-6(R/. cf. 6):
R. É assim a geração dos que procuram o Senhor!
1 É do Senhor a terra e o que a reveste, o mundo inteiro e todos os que o habitam. 2 Foi ele quem firmou-a sobre os mares quem a consolidou por sobre as águas. R.
3 “Quem subirá ao monte do Senhor, quem entrará no seu lugar sagrado?” 4 O homem de mãos limpas e alma pura, que não tem no pecado o pensamento, nem engana, jurando, os semelhantes. R.
5 Este terá a bênção do Senhor e a justiça de Deus, seu Salvador. 6 “Assim é a geração dos que o procuram, e do Deus de Jacó buscam a face! R.
Segunda Leitura: 1Jo 3,1-3:
Irmãos:
1 Vede como é grande o amor que o Pai nos dedicou, concedendo-nos ser chamados filhos de Deus. E nós o somos! Se o mundo não nos conhece é porque não o tem conhecido.
2 Caríssimos, desde agora já somos filhos de Deus, embora ainda não seja manifesto o que viremos a ser. Sabemos que, quando Cristo aparecer, seremos semelhantes a ele, porque o veremos como ele é.
3 Todo aquele que coloca esta esperança nele se torna puro, como ele é puro.
Evangelho: Mt 5,1-12a:
Vendo Jesus essas multidões, ele subiu ao monte. Quando sentou, seus discípulos chegaram para perto dele.
2 Tomou a palavra e ensinava-os assim:
3 “Felizes os pobres em espírito, porque a eles pertence o reino dos céus.
4 Felizes os aflitos, porque serão consolados.
5 Felizes os mansos e humildes, porque herdarão a terra da promessa.
6 Felizes os famintos e sedentos da justiça, porque serão saciados.
7 Felizes os misericordiosos, porque serão tratados com misericórdia.
8 Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
9 Felizes os promotores da paz, porque serão chamados filhos de Deus.
10 Felizes os perseguidos por causa da justiça, porque a eles pertence o reino dos céus.
11 Felizes sereis quando vos ofenderem, perseguirem e disserem todo tipo de calúnia contra vós por minha causa.
12a Ficai alegres e contentes, porque grande será a vossa recompensa no céu.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 – Ano B – São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Comentário do dia
São Francisco de Sales (1567-1622)
bispo de Genebra, doutor da Igreja
Tratado do amor de Deus, 10, 11
O amor de Deus, fonte do amor ao próximo
Assim como Deus «criou o homem à sua imagem e semelhança» (Gn 1,26), também lhe ordenou um amor à imagem e semelhança do amor que é devido à divindade: «O primeiro é este: […] “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração”. […] O segundo é este: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”». Porque é que amamos a Deus? «A causa por que amamos a Deus», diz São Bernardo, «é o próprio Deus» – como se dissesse que amamos a Deus porque Ele é a muito soberana e infinita bondade.
Porque é que nos amamos a nós mesmos na caridade? Seguramente porque somos a imagem e a semelhança de Deus. E, uma vez que todos os homens têm essa mesma dignidade, amamo-los também como a nós mesmos, isto é, na sua qualidade de muito santas e vivas imagens da divindade. É nessa qualidade […] que Deus não tem qualquer dificuldade em dizer-Se nosso Pai e em chamar-nos seus filhos; é nessa qualidade que somos capazes de nos unir à sua divina essência pelo gozo da sua soberana bondade e felicidade; é nessa qualidade que recebemos a sua graça e os nossos espíritos se associam ao seu santíssimo Espírito, tornando-nos «participantes da natureza divina» (2Pd 1,4). […]
Portanto, é desta forma que a mesma caridade que produz os atos de amor a Deus produz igualmente os atos de amor ao próximo. Assim como Jacó viu que uma mesma escada tocava o Céu e a Terra, servindo aos anjos tanto para descer como para subir (Gn 28,12), assim também nós sabemos que uma mesma afeição se estende a amar a Deus e ao próximo.
Neste mês de novembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguinte intenção:
Universal: Ao serviço da paz
Para que a linguagem do coração e do diálogo prevaleça sempre sobre a linguagem das armas.