Este mês de outubro de 2012 é muito rico para a Igreja, pois teremos dois acontecimentos importantes. Primeiro, a abertura do Ano da Fé, no dia 11, que se estenderá até a solenidade de Cristo Rei de 2013. Depois, pela realização, em Roma, de 7 a 28 de outubro, do Sínodo dos Bispos, a assembleia dos delegados e representantes dos bispos do mundo inteiro, que se encontrarão com o Santo Padre para tratar do tema “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.
Todas as Conferências Episcopais já enviaram para o Vaticano as suas contribuições sobre o tema e, em seguida, o Papa escreverá um documento abordando os pontos centrais, estabelecendo as linhas básicas de orientação à Igreja no processo de evangelização.
O termo “nova evangelização” refere-se ao esforço de renovação que a Igreja é chamada a fazer, a fim de responder à altura aos desafi os que se lhe apresentam no anúncio da fé cristã e oferecer seu testemunho a respeito dessa fé, diante do contexto social e cultural de nosso mundo e das profundas mudanças que nele ocorrem.
Como igreja, não podemos ficar indiferentes, fechando-nos em nós mesmos, nem fugir dos problemas políticos, econômicos, sociais, etc. Precisamos, pelo contrário, agir, voltando-nos para Cristo, colocando- O no centro de nossas atividades de evangelização, anunciando a sua Palavra por métodos compatíveis com a realidade atual.
Uma preocupação do Sínodo será a constatação de que a recomendação de Jesus “Ide pelo mundo inteiro e pregai o evangelho a toda criatura” ainda não foi concluída. É cada vez mais nítida para a Igreja a percepção de que, para podermos evangelizar outros povos e pessoas que professam outras crenças, devemos, antes de tudo, realizar um trabalho missionário que precisa começar dentro da nossa própria Igreja.
O documento preparatório afirma que “o cristão e a Igreja ou são missionários, ou não são nada!”. Quem ama a sua fé deve sentir-se obrigado a dar o testemunho de sua crença e propagá-la, para que mais pessoas tenham a oportunidade de aderir a Cristo. O zelo que precisamos ter pela fé nos impõe o dever de realizar um esforço missionário de propagação do Evangelho como forma de fortalecimento da própria fé.
Podemos afi rmar que a “nova evangelização” deve ser para nós, sinônimo de missão. O Sínodo está chegando para a nossa igreja local como uma bênção, pois vivemos o Triênio Missionário. Ele será, portanto, um incentivo para transformar a nossa visão de pastoral que, muitas vezes, não está aberta à adoção de novos métodos. Que essas reflexões possam dar um ânimo novo e abrir horizontes para a vida da nossa igreja!