2ª-feira da 5ª Semana da Páscoa
11 de Maio de 2020
Cor: Branco
Evangelho – Jo 14,21-26
O Defensor, o Espírito Santo,
que o Pai enviará ele vos ensinará tudo
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 14,21-26:
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
21 Quem acolheu os meus mandamentos e os observa,
esse me ama.
Ora, quem me ama,
será amado por meu Pai,
e eu o amarei e me manifestarei a ele.
22 Judas – não o Iscariotes – disse-lhe:
‘Senhor, como se explica
que te manifestarás a nós
e não ao mundo?’
23 Jesus respondeu-lhe:
‘Se alguém me ama, guardará a minha palavra,
e o meu Pai o amará,
e nós viremos
e faremos nele a nossa morada.
24 Quem não me ama,
não guarda a minha palavra.
E a palavra que escutais não é minha,
mas do Pai que me enviou.
25 Isso é o que vos disse enquanto estava convosco.
26 Mas o Defensor,
o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
ele vos ensinará tudo
e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301)
monja beneditina
«O Arauto», Livro I; SC 139
«Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada»
Diz São Bernardo nos seus escritos: «Considero que a alma eleita é celeste pela sua origem, mas que também se lhe pode chamar, por analogia, um céu, pois a nossa vida está nos Céus (cf Fl 3,20). E a Sabedoria declara: “A alma do justo é a morada da sabedoria” (Pv 14,33,LXX), e ainda: “O Céu é o meu trono” (Is 66,1). Ora, aquele que sabe que Deus é espírito não hesitará em Lhe atribuir uma habitação espiritual. Vejo a confirmação deste fato nesta promessa daquele que é a Verdade: “Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada”.
E penso que o Profeta queria dizer isto mesmo quando afirmava: “Tu habitas no Santo, glória de Israel” (Sl 21,4,LXX). E o Apóstolo diz claramente que “Cristo habita nos nossos corações pela fé” (Ef 3,17)». Mas é de longe que o meu desejo se volta para estas alma sábias, sobre as quais está dito: «Habitarei neles e neles andarei» (2Cor 6,16). Que grande é esta alma! Que privilégio foi concedido aos seus méritos: possuir em si a presença divina, ser considerada digna de a acolher e capaz de a conter, e mesmo de ser alargada a dimensões em que a sua ação majestosa possa mover-se.
Este crescimento fez dela o Templo santo do Senhor (cf Ef 2,21), um crescimento na medida da caridade, que é a dimensão da alma. A alma santa é, pois, um céu, cujo sol é a inteligência, cuja lua é a fé, cujas estrelas são as virtudes; ou ainda, cujo sol é a justiça ou o zelo de uma caridade fervorosa, cuja lua é a castidade. Não é de espantar que o Senhor Jesus tivesse escolhido habitar este Céu, sobre o qual não se contentou – como na criação dos céus materiais – em dizer simplesmente que se fizesse, mas lutou por conquistá-lo, morreu para o resgatar. Assim, concluída a obra, satisfeito o seu desejo, Ele disse: «Aqui está o meu repouso para todo o sempre, aqui terei a minha morada» (Sl 131,14).
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de maio, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização – Pelos diáconos
Rezemos para que os diáconos, fiéis ao serviço da Palavra e dos pobres, sejam um sinal vivificante para toda a Igreja.