Sábado da 3ª Semana da Páscoa – 11 de Maio de 2019 – Cor: Branco
Evangelho – Jo 6,60-69
A quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,60-69
Naquele tempo:
60 muitos dos discípulos de Jesus
que o escutaram, disseram:
‘Esta palavra é dura.
Quem consegue escutá-la?’
61 Sabendo que seus discípulos estavam murmurando
por causa disso mesmo,
Jesus perguntou:
‘Isto vos escandaliza?
62 E quando virdes o Filho do Homem
subindo para onde estava antes?
63 O Espírito é que dá vida,
a carne não adianta nada.
As palavras que vos falei são espírito e vida.
64 Mas entre vós há alguns que não crêem’.
Jesus sabia, desde o início,
quem eram os que não tinham fé
e quem havia de entregá-lo.
65 E acrescentou:
‘É por isso que vos disse:
ninguém pode vir a mim
a não ser que lhe seja concedido pelo Pai’.
66 A partir daquele momento,
muitos discípulos voltaram atrás
e não andavam mais com ele.
67 Então, Jesus disse aos doze:
‘Vós também vos quereis ir embora?’
68 Simão Pedro respondeu:
‘A quem iremos, Senhor?
Tu tens palavras de vida eterna.
69 Nós cremos firmemente e reconhecemos
que tu és o Santo de Deus’.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Santa Teresa de Ávila (1515-1582)
carmelita descalça, doutora da Igreja
«Caminho de perfeição», 34/36
«Nós acreditamos»
Quem quiser que peça o pão material! Nós pedimos ao Pai eterno que mereçamos receber o nosso pão celeste com disposições tais que, se não tivermos a alegria de O contemplar com os olhos do corpo, de tal forma Ele Se esconde, que Ele Se revele pelo menos aos olhos da alma e Se manifeste a ela. É este um alimento inteiramente diferente, cheio de alegria e de delícias; ele é o sustento da vida. […]
Conheço uma pessoa a quem o Senhor deu uma fé tão forte, que quando ouvia alguém dizer que gostava de ter vivido na época em que Cristo, o nosso Bem, estava neste mundo, se ria consigo mesma. Dado que O possuímos, pensava ela, no Santo Sacramento de um modo tão verdadeiro como naquele tempo, que mais podemos desejar? […] E deitava-se a seus pés; aí chorava em companhia de Maria Madalena, como se O tivesse visto com os olhos do corpo em casa do fariseu (Lc 7,36s). Mesmo quando não sentia devoção, a fé dizia-lhe que Ele estava verdadeiramente ali.
Com efeito, seria preciso ser-se mais estúpido do que se é e cegar-se voluntariamente para sentir a menor dúvida quanto a isto. Não se trata aqui de um trabalho da imaginação, como quando pensamos no Senhor na cruz ou em qualquer outra circunstância da sua Paixão; aí representamos a coisa em nós mesmos, tal como ela se passou. Aqui, ela tem realmente lugar; é uma verdade certa, e não é necessário ir procurar o Senhor noutro sítio, bem longe de nós.
Com efeito, sabemos que enquanto a matéria do pão não for consumida pelo calor natural do corpo, Jesus está em nós; consequentemente, aproximemo-nos d’Ele. Quando Ele estava neste mundo, o simples contato das suas vestes curava os doentes; se temos fé, não podemos duvidar de que Ele continua a fazer milagres quando está tão intimamente unido a nós. Porque não há de dar-nos aquilo que Lhe pedimos, se está em nossa casa?
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de maio, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização:
A missão dos leigos
Para que os fiéis leigos realizem a sua missão específica colocando a sua criatividade ao serviço dos desafios do mundo atual.