“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (João 6, 68)!
Dia 11 de dezembro de 2011 – 3º Domingo do Advento – Ano B
Evangelho segundo S. João 1,6-8.19-28:
Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele.
Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.
Este foi o testemunho de João, quando as autoridades judaicas lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: «Tu quem és?»
Então ele confessou a verdade e não a negou, afirmando: «Eu não sou o Messias.»
E perguntaram-lhe: «Quem és, então? És tu Elias?» Ele disse: «Não sou.» «És tu o profeta?» Respondeu: «Não.»
Disseram-lhe, por fim: «Quem és tu, para podermos dar uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?»
Ele declarou: «Eu sou a voz de quem grita no deserto: 'Retificai o caminho do Senhor', como disse o profeta Isaías.»
Ora, havia enviados dos fariseus que lhe perguntaram:
«Então porque batizas, se tu não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?»
João respondeu-lhes: «Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis.
É aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias.»
Isto passou-se em Betânia, na margem além do Jordão, onde João estava baptizando.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja
Catequeses sobre o Evangelho, nº 7
«No meio de vós está Quem vós não conheceis. É Aquele que vem depois de mim»
«Eu batizo com água, mas no meio de vós está Quem vós não conheceis.» Não é no espírito, mas em água que João batiza. Incapaz de perdoar os pecados, ele lava pela água o corpo dos batizados, mas não lava o espírito pelo perdão. Então porque é que ele batiza, se não perdoa os pecados pelo seu batismo? Porquê, a não ser para permanecer no seu papel de precursor? Tal como, nascendo, precedeu o Senhor que ia nascer, assim também, batizando, precede o Senhor que ia batizar. Precursor de Cristo pela sua pregação, ele o foi também dando um batismo que era uma imagem do sacramento que estava para vir.
João anunciou um mistério quando declarou que Cristo estava no meio dos homens e que eles não O conheciam, pois o Senhor, quando Se revelou na carne, era ao mesmo tempo visível no Seu corpo e invisível na Sua majestade. E João acrescenta: «O que vem depois de mim passou à minha frente» (Jo 1,15) […]; e explica as causas da superioridade de Cristo quando precisa: «Porque existia antes de mim», como que para dizer claramente: «Se é superior a mim, tendo nascido depois de mim, é porque o tempo do Seu nascimento não o restringe dentro dos seus limites. Nascido de uma mãe no tempo, foi gerado pelo Pai fora do tempo.»
João manifesta o humilde respeito que Lhe deve, prosseguindo: «Não sou digno de desatar as correias das Suas sandálias.» Era costume entre os antigos que, se alguém se recusasse a desposar uma jovem que lhe estava prometida, desatasse a sandália do que viesse a ser seu marido. Ora Cristo manifestou-Se como Esposo da santa Igreja. […] Mas porque os homens pensavam que João era o Cristo – coisa que o próprio João negou –, ele declara-se indigno de desatar a correia da Sua sandália. É como se dissesse claramente […]: «Eu não adoto incorretamente o nome de esposo» (cf Jo 3,29).
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de dezembro, rezemos nas seguintes intenções:
Geral: Para que todos os povos da terra, através do conhecimento e do respeito recíprocos, cresçam na concórdia e na paz.
Missionária: Para que as crianças e os jovens sejam mensageiros do Evangelho e para que sua dignidade seja sempre respeitada e preservada de toda a violência e abuso.