Sexta-feira depois das Cinzas da Quaresma – 8 de Março de 2019 – Cor: Roxo
Evangelho – Mt 9,14-15
Dias virão em que o esposo lhes será tirado, e então jejuarão.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 9,14-15
Naquele tempo:
14 Os discípulos de João aproximaram-se de Jesus
e perguntaram:
‘Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns,
mas os teus discípulos não?’
15 Disse-lhes Jesus:
‘Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto
enquanto o noivo está com eles?
Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles.
Então, sim, eles jejuarão.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005)
papa
Angelus de 10 de março de 1996
«Nesses dias jejuarão»
Entre as práticas penitenciais que a Igreja nos propõe, sobretudo neste tempo de Quaresma, encontra-se o jejum. Ele comporta uma sobriedade especial em relação aos alimentos, salvaguardando as necessidades do nosso organismo. Trata-se de uma forma tradicional de penitência, que não perdeu nada do seu significado e que talvez se deva mesmo redescobrir, especialmente naquelas partes do mundo e naqueles meios onde, não só o alimento abunda, mas se encontram por vezes doenças devidas à sobre alimentação.
O jejum penitencial é evidentemente muito diferente dos regimes alimentares terapêuticos. Mas, à sua maneira, pode ver-se nele como que uma terapia da alma. Com efeito, praticado em sinal de conversão, facilita o esforço interior para nos pormos à escuta de Deus. Jejuar é reafirmar a si mesmo o que Jesus replicou a Satanás que O tentava após quarenta dias de jejum no deserto: «Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4,4).
Hoje, especialmente nas sociedades de bem-estar, há dificuldade em compreender o sentido desta palavra evangélica. A sociedade de consumo, em vez de solucionar as nossas necessidades, cria necessidades sempre novas, gerando mesmo um ativismo desmesurado. […] Entre outras significações, o jejum penitencial tem precisamente por objetivo ajudar-nos a reencontrar a interioridade.
Intenção do Apostolado da Oração
Reconhecimento dos direitos das comunidades cristãs
Pelas comunidades cristãs, em particular as que são perseguidas, para que sintam a proximidade de Cristo e para que os seus direitos sejam reconhecidos.