Dia 04 abril de 2018 – Quarta-feira NA OITAVA DA PÁSCOA
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. Lucas 24,13-35:
Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém.
Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido.
Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho.
Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem.
Ele perguntou-lhes. «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?». Pararam, com ar muito triste,
e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias».
E Ele perguntou: «Que foi?». Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo;
e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro,
não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo.
Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram».
Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram!
Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?».
Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de ir para diante.
Mas eles convenceram-nO a ficar, dizendo: «Ficai conosco, porque o dia está terminando e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles.
E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e lhes entregou.
Nesse momento seus olhos se abriram e reconheceram-nO. Mas Ele desapareceu da sua presença.
Disseram então um para o outro: «Não ardia o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?».
Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles,
que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão».
E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
Comentário do dia
São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja
1.º sermão para a Ascensão
«Nesse momento seus olhos se abriram»
Os dias que decorreram entre a ressurreição do Senhor e a sua ascensão não foram desprovidos de acontecimentos: houve grandes mistérios que foram confirmados, grandes verdades que foram reveladas. Foi nessa altura que foi abolido o medo amargo da morte e que foi manifestada a imortalidade, não apenas da alma, mas também da carne. […]
Naqueles dias, o Senhor juntou-Se a dois discípulos, acompanhando-os pelo caminho; e, a fim de dissipar em nós todas as trevas da dúvida, censurou estes homens amedrontados pela sua lentidão em compreender. Nos corações que Ele iluminou acendeu-se a chama da fé; estes homens estavam desalentados, mas encheram-se de ardor quando o Senhor lhes explicou as Escrituras. À fração do pão, seus olhos se abriram e, vendo a glorificação da sua natureza humana, sentiram uma felicidade bem maior do que a dos nossos primeiros pais, cujos olhos se abriram para a vergonha da sua desobediência (Gn 3,7).
Como os discípulos permanecessem perturbados perante estas e outras maravilhas, o Senhor apareceu no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco» (Lc 24,36; Jo 20,26). E, para que não permanecessem mergulhados naqueles pensamentos perturbadores, […] mostrou-lhes os vestígios da cruz nas suas mãos e nos seus pés. […] Deste modo, não seria com uma fé hesitante, mas com convicção segura que eles afirmariam que o corpo que ia sentar-Se no trono de Deus Pai era efetivamente o daquele que tinha descansado na sepultura. Foi isto que a bondade de Deus ensinou cuidadosamente durante o tempo que mediou entre a ressurreição e a ascensão, o que mostrou aos olhos e ao coração dos seus amigos: o Senhor Jesus Cristo, que tinha nascido verdadeiramente, verdadeiramente sofreu e morreu, e ressuscitou verdadeiramente.
Neste mês de abril, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção
Universal: Responsáveis da economia
Para que os responsáveis pelo planeamento e pela gestão da economia tenham a coragem de rejeitar uma economia da exclusão e saibam abrir novos caminhos.