Dia 06 de setembro de 2018 – 5ª-feira da 22ª Semana do Tempo Comum – Cor: Verde
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª Leitura – 1Cor 3,18-23
Tudo é vosso, mas vós sois de Cristo,
e Cristo é de Deus.
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 3,18-23:
Irmãos:
18 Ninguém se iluda:
Se algum de vós pensa que é sábio nas coisas deste mundo,
reconheça sua insensatez,
para se tornar sábio de verdade;
19 pois a sabedoria deste mundo é insensatez diante de Deus.
Com efeito, está escrito:
‘Aquele que apanha os sábios em sua própria astúcia’,
20 e ainda:
‘O Senhor conhece os pensamentos dos sábios;
sabe que são vãos’.
21 Portanto, que ninguém ponha a sua glória em homem algum.
Com efeito, tudo vos pertence:
22 Paulo, Apolo, Cefas,
o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro,
tudo é vosso,
23 mas vós sois de Cristo,
e Cristo é de Deus.
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 23,1-2. 3-4ab. 5-6 (R. 1)
R. Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra.
1 Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,*
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
2 porque ele a tornou firme sobre os mares,*
e sobre as águas a mantém inabalável.R.
3 ‘Quem subirá até o monte do Senhor,*
quem ficará em sua santa habitação?’
4a ‘Quem tem mãos puras e inocente coração,*
4b quem não dirige sua mente para o crime.R.
5 Sobre este desce a bênção do Senhor*
e a recompensa de seu Deus e Salvador’.
6 ‘É assim a geração dos que o procuram,*
e do Deus de Israel buscam a face’.R.
Evangelho – Lc 5,1-11
Deixaram tudo e O seguiram.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 5,1-11
Naquele tempo:
1 Jesus estava na margem do lago de Genesaré,
e a multidão apertava-se ao seu redor
para ouvir a palavra de Deus.
2 Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago.
Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes.
3 Subindo numa das barcas, que era de Simão,
pediu que se afastasse um pouco da margem.
Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões.
4 Quando acabou de falar, disse a Simão:
‘Avança para águas mais profundas,
e lançai vossas redes para a pesca’.
5 Simão respondeu:
‘Mestre, nós trabalhamos a noite inteira
e nada pescamos.
Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes’.
6 Assim fizeram,
e apanharam tamanha quantidade de peixes
que as redes se rompiam.
7 Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca,
para que viessem ajudá-los.
Eles vieram, e encheram as duas barcas,
a ponto de quase afundarem.
8 Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus,
dizendo: ‘Senhor, afasta-te de mim,
porque sou um pecador!’
9 É que o espanto se apoderara de Simão
e de todos os seus companheiros,
por causa da pesca que acabavam de fazer.
10 Tiago e João, filhos de Zebedeu,
que eram sócios de Simão, também ficaram espantados.
Jesus, porém, disse a Simão:
‘Não tenhas medo!
De hoje em diante tu serás pescador de homens.’
11 Então levaram as barcas para a margem,
deixaram tudo e seguiram a Jesus.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897)
carmelita, doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico
«Não temas. Daqui em diante serás pescador de homens»
Nessa noite de luz [no Natal dos catorze anos] começou o terceiro período da minha vida, o mais belo de todos, o mais repleto de graças do céu. […] Tal como os seus apóstolos eu podia dizer: «Mestre, trabalhamos durante toda a noite e nada apanhamos». Sendo ainda mais misericordioso para comigo do que tinha sido para com os seus discípulos, Jesus pegou Ele mesmo na rede, lançou-a e retirou-a repleta de peixes. Fez de mim uma pescadora de almas; senti um grande desejo de trabalhar pela conversão dos pecadores. […]
O grito de Jesus na cruz ressoava também continuamente no meu coração: «Tenho sede!» (Jo 19,28). Essas palavras acendiam em mim um ardor desconhecido e muito vivo. Queria dar de beber ao meu Bem-Amado e sentia-me eu própria devorada pela sede das almas. […] A fim de aumentar o meu zelo, o Bom Deus mostrou-me que Lhe agradavam os meus desejos.
Ouvi falar de um grande criminoso que tinha acabado de ser condenado à morte por crimes horríveis e que tudo levava a crer que morreria em pecado. Quis, a todo custo, impedi-lo de cair no inferno. […] Sentia, no fundo do meu coração, a certeza de que [esses] desejos seriam satisfeitos, mas para me encher de coragem para continuar a rezar pelos pecadores disse ao Bom Deus que tinha a certeza de que Ele perdoaria ao pobre infeliz Pranzini, e que eu acreditaria nisso mesmo que ele não se confessasse nem desse nenhum sinal de arrependimento, tal era a confiança que eu tinha na misericórdia infinita de Jesus, mas que Lhe pedia apenas um «sinal» de arrependimento, só para minha consolação.
A minha prece foi respondida à letra! […] Ah! Desde que recebi essa graça única, o meu desejo de salvar as almas aumentou dia a dia; parecia-me ouvir Jesus dizer-me, como à samaritana: «Dá-me de beber!» (Jo 4,7). Era uma verdadeira troca de amor; eu dava o sangue de Jesus às almas e oferecia a Jesus essas mesmas almas refrescadas pelo seu orvalho divino. Assim, Ele parecia ficar aliviado e, quanto mais Lhe dava a beber, mais a sede da minha pequena alma aumentava, e era essa sede ardente que Ele me dava como a mais deliciosa bebida do seu amor.
Neste mês de setembro, o Papa nos pede que rezemos na seguinte intenção:
Universal: Os jovens de África
Para que os jovens do continente africano tenham acesso à educação e ao trabalho no próprio país.