“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (João 6, 68)!
Dia 04 de dezembro de 2011 – 2º Domingo do Advento – Ano B
Evangelho segundo S. Marcos 1,1-8:
Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
Conforme está escrito no profeta Isaías: Eis que envio à tua frente o meu mensageiro,a fim de preparar o teu caminho.
Uma voz clama no deserto: 'Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.’
João Batista apareceu no deserto, pregando um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados.
Saíam ao seu encontro todos os da província da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.
João vestia-se de pêlos de camelo e trazia uma correia de couro à cintura; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.
E pregava assim: «Depois de mim vai chegar outro que é mais forte do que eu, diante do qual não sou digno de me inclinar para lhe desatar as correias das sandálias.
Eu baptizei-vos em água, mas Ele vos batizará no Espírito Santo.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Homilia atribuída a São Gregório o Taumaturgo (c. 213–c. 270), bispo
Homilias sobre a sagrada Teofania, 4; PG 10, 1181
«Não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias»
[«Então veio Jesus da Galileia ter com João ao Jordão para ser batizado por ele. João opunha-se, dizendo: 'Eu é que tenho necessidade de ser batizado por Ti'» (Mt 3,13-14)]. Na Tua presença, Senhor Jesus, não posso calar-me, porque sou a voz, a voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor. Sou eu que tenho necessidade de ser batizado por Ti e Tu vens a mim? […] Tu que eras no princípio, Tu que estavas em Deus e eras Deus (Jo 1,1); Tu que és o resplendor da glória do Pai e a imagem da Sua substância (Hb 1,); Tu que, quando estavas no mundo, vieste aonde já estavas; Tu que Te fizeste carne a habitaste entre nós (Jo 1,14; 14,23), e que tomaste a condição de servo (Fl 2,7); Tu que uniste a terra e o céu pelo Teu santo nome – és Tu que vens a mim? Tu que és grande, ao pobre que eu sou? O Rei ao precursor, o Senhor ao servo? […]
Conheço o abismo que separa a terra do Criador. Sei que diferença há entre o pó da terra e Aquele que o modelou (Gn 2,7). Sei quão longe está de mim o Teu sol de justiça, de mim que sou apenas a lâmpada da Tua graça (Ml 3,20; Jo 5,35). E, embora Te encontres revestido pela nuvem puríssima do Teu corpo, reconheço a minha condição de servo e proclamo a Tua magnificência. «Não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias.» Como ousaria então tocar o alto imaculado da Tua cabeça? Como ousaria estender a mão para Ti, que «estendeste os céus como um pavilhão» e que «estendeste a terra sobre as águas» (Sl 103,2; 135,6)? […] Que oração farei sobre Ti, que até as preces daqueles que Te ignoram acolhes?
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de dezembro, rezemos nas seguintes intenções:
Geral: Para que todos os povos da terra, através do conhecimento e do respeito recíprocos, cresçam na concórdia e na paz.
Missionária: Para que as crianças e os jovens sejam mensageiros do Evangelho e para que sua dignidade seja sempre respeitada e preservada de toda a violência e abuso.