«Não sabemos» – Santo Agostinho (354-430) bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja Homilias sobre os salmos, Salmo 109

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2ª feira da 3ª Semana do Advento
16 de Dezembro de 2019
Ofício do dia de semana do TAdv. Missa pr. com 2ª Coleta: Pf do Advento I
Cor: Roxo

 

Evangelho – Mt 21,23-27
Donde vinha o batismo de João?

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 21,23-27

Naquele tempo:
23 Jesus voltou ao Templo.
Enquanto ensinava, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo
aproximaram-se dele e perguntaram:
‘Com que autoridade fazes estas coisas?
Quem te deu tal autoridade?’
24 Jesus respondeu-lhes:
‘Também eu vos farei uma pergunta.
Se vós me responderdes, também eu vos direi
com que autoridade faço estas coisas.
25 Donde vinha o batismo de João? Do céu ou dos homens?’
Eles refletiam entre si:
‘Se dissermos: ‘Do céu’, ele nos dirá:
‘Por que não acreditastes nele?’
26 Se dissermos: ‘Dos homens’, temos medo do povo,
pois todos têm João Batista na conta de profeta.’
27 Eles então responderam a Jesus: ‘Não sabemos.’
Ao que Jesus também respondeu:
‘Eu também não vos direi
com que autoridade faço estas coisas.
Palavra da Salvação.

 

Comentário do dia
Santo Agostinho (354-430)
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Homilias sobre os salmos, Salmo 109

«Não sabemos»

Na verdade, meus irmãos, aquilo que Deus prometia parecia inacreditável aos homens: que, a partir deste estado mortal em que são corruptíveis, desprezíveis, fracos, pó e cinzas, se tornariam iguais aos anjos de Deus! Foi por isso que Deus não Se limitou a estabelecer com os homens o contrato das Escrituras para que acreditassem, mas optou por um mediador e garante da sua fé: e não foi um príncipe, nem um anjo, nem um arcanjo, mas o seu Filho único. Assim, através do seu próprio Filho, mostrou-nos o caminho pelo qual nos conduziria ao fim que nos havia prometido. Porém, para Deus era pouco o seu Filho mostrar-nos o caminho; assim, Deus fez dele o caminho (Jo 14,6), que seguirás sob a sua direção, o caminho que trilharás. […]

Como estávamos longe dele! Ele tão acima e nós tão em baixo! Estávamos doentes, sem esperança de cura. Foi enviado um médico, mas o doente não o reconheceu, pois «se de fato O tivessem conhecido não teriam crucificado o Senhor da glória» (1Cor 2,8). Mas a morte do médico foi o remédio do doente; o médico tinha vindo visitá-lo e morreu para o curar. Ele fez entender aos que acreditaram nele que era Deus e homem: Deus que nos criou e homem que nos recriou. Uma coisa era visível nele, a outra estava oculta; e o que estava oculto era muito mais importante do que o que se via. […] O doente foi curado pelo que estava visível para se tornar capaz de ver plenamente mais tarde. Ocultando esta visão suprema, Deus diferia-a, não a recusava.

Neste mês de dezembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:

Universal: Para que cada país tome as medidas necessárias para fazer do futuro dos mais jovens uma prioridade, sobretudo daqueles que estão a sofrer.

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