Dia 22 de novembro de 2016 – Terça-feira da 34 semana do Tempo Comum
Ano Santo Extraordinário da Misericórdia – Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lc 6,36)!
Evangelho segundo S. Lucas 21,5-11:
Naquele tempo, comentavam alguns que o templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes:
«Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído».
Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que está para acontecer?».
Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais.
Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim».
Disse-lhes ainda: «Se erguerá povo contra povo e reino contra reino.
Haverá grandes terremotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenômenos espantosos e grandes sinais no céu».
Comentário do dia
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Comentário ao Evangelho de João, 10,39; PG 14, 369s
«Não sabeis que sois templo de Deus?» (1Cor 3,16)
«Jesus disse aos judeus: “Destruí este Templo, e em três dias Eu o levantarei.” […] Ele falava do templo que é o seu corpo» (Jo 2,21). […] Há quem pense que é impossível aplicar ao corpo de Cristo tudo o que é dito acerca do Templo; pensam que se chamou Templo ao seu corpo porque, tal como o primeiro Templo tinha sido habitado pela glória de Deus, também o Primogénito de todas as criaturas é a imagem e a glória de Deus (Col 1,15), e que é justo, portanto, que o seu corpo, a Igreja, seja chamado Templo de Deus, porque contém a imagem da divindade […]. Aprendemos com Pedro que a Igreja é o corpo e a casa de Deus, construída com pedras vivas, uma casa espiritual em função de um sacerdote santo (1Ped 2,5).
Deste modo, podemos considerar Salomão, o filho de David, que construiu o Templo, como uma prefiguração de Cristo: foi depois da guerra, numa altura de grande paz, que Salomão construiu um Tempo à glória de Deus na Jerusalém terrestre […]. De facto, quando todos os inimigos de Cristo estiverem «colocados debaixo dos seus pés», e a morte, «o último inimigo», tiver sido destruída (1Cor 15,25-26), então a paz será perfeita, então Cristo será Salomão, cujo nome significa pacífico; e nele se cumprirá esta profecia: «vivo […] entre aqueles que odeiam a paz, [mas] falo-lhes de paz» (Sl 119,6-7). Então cada uma das pedras vivas, segundo o mérito da sua vida presente, será uma pedra do Templo: um, apóstolo ou profeta, que ficará nas fundações, sustentará as pedras que ficarão por cima; outro, vindo a seguir àqueles que ficam nas fundações, ele próprio conduzido pelos profetas, sustentará outras pedras mais leves; um terceiro será uma pedra que ficará mesmo no interior, onde se situa a arca com os querubins e o propiciatório (1Rs 6,19); um quarto será a pedra do vestíbulo (v.3); e um quinto, ainda, fora do vestíbulo dos sacerdotes e dos levitas, será a pedra do altar onde são feitas as oferendas das colheitas. […] O desenvolvimento da construção, com a organização dos ministérios, será confiado aos anjos de Deus, essas forças santas prefiguradas nos mestres de obras de Salomão. […] Tudo isto se cumprirá quando a paz for perfeita, quando reinar uma grande paz.
Neste mês de novembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Universal: Países que acolhem refugiados
Para que os países que acolhem um grande número de deslocados e refugiados sejam apoiados no seu empenho de solidariedade.
Pela Evangelização: Colaboração entre sacerdotes e leigos
Para que, nas paróquias, os sacerdotes e os leigos colaborem no serviço à comunidade sem ceder à tentação do desânimo.