Dia 08 de março – Sábado depois das Cinzas
Na Diocese de Blumenau, Triênio Missionário – Ano da Missão com as Lideranças
Evangelho segundo S. Lucas 5,27-32:
Naquele tempo, Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me.»
E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-o.
Levi ofereceu-lhe, em sua casa, um grande banquete; e encontravam-se com eles, à mesa, grande número de cobradores de impostos e de outras pessoas.
Os fariseus e os doutores da Lei murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?»
Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes.
Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.»
Comentário do dia
Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa
Revelações do Amor Divino, cap. 51-52
«Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores»
Deus mostrou-Se-me como Senhor sentado em toda a sua soberania, em paz e mansidão; com doçura enviou o seu servo para fazer a sua vontade. Por amor, o servo correu a toda a pressa, mas caiu numa ravina e ficou ferido com gravidade. […] Com este servo, Deus mostrou-me, tanto o mal e a cegueira provocados pela queda de Adão, como a sabedoria e a bondade do Filho de Deus. Com este Senhor, Deus mostrou-me, tanto a sua compaixão e a sua misericórdia pela infelicidade de Adão, como a alta nobreza e a glória infinita às quais foi elevada a humanidade com a Paixão e morte de seu Filho. Por essa razão, rejubila o Senhor com a sua própria queda [a vinda a este mundo e a sua Paixão], porque o gênero humano alcançou desse modo uma plenitude de felicidade e de exaltação que ultrapassam por certo a que teria alcançado se Adão não tivesse caído. […]
Temos, portanto, razões para nos afligirmos, uma vez que os nossos pecados foram a causa dos sofrimentos de Cristo, mas temos também todas as razões para rejubilarmos, porque foi o seu amor infinito que O fez sofrer por nós. […] E se acontecer que o mal e a cegueira nos façam cair, ergamo-nos prontamente sob o suave toque da graça e corrijamos de bom grado a nossa conduta segundo nos ensina a Santa Igreja, conforme a gravidade do pecado. Avancemos para Deus na caridade, sem nunca cair no desespero, mas também sem sermos temerários como se isso não tivesse importância. Reconheçamos francamente a nossa fraqueza, com a consciência de que, a não ser que a sua graça nos guarde, nem sequer a oportunidade de um abrir e fechar de olhos teremos. […]
Razão tem por conseguinte o Senhor em querer que nos retratemos e, com toda a sinceridade e verdade, tenhamos bem presente a nossa queda e todo o mal que dela resulta, conscientes de que não somos capazes de repará-lo; e que tenhamos igualmente presente, com toda a sinceridade e verdade, o seu amor eterno e a sua abundante misericórdia. Reconhecermos isto com toda a humildade por obra da sua graça é a humilde confissão que o Senhor nos pede e que opera na nossa alma.
Neste mês, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Universal – Direitos da mulher
Para que todas as culturas respeitem os direitos e a dignidade da mulher.
Pela Evangelização – Jovens evangelizadores
Para que muitos jovens acolham o convite do Senhor a consagrar a vida ao anúncio do Evangelho.