Dia 04 de agosto de 2017 – Sexta-feira da 17ª semana do Tempo Comum
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Mateus 13,54-58:
Naquele tempo, Jesus foi à sua terra e começou a ensinar os que estavam na sinagoga, de tal modo que ficavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem esta sabedoria e este poder de fazer milagres?
Não é Ele o filho do carpinteiro? A sua Mãe não se chama Maria e os seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?
E as suas irmãs não vivem entre nós? De onde Lhe vem tudo isto?».
E estavam escandalizados com Ele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra e em sua casa».
E por causa da falta de fé daquela gente, Jesus não fez ali muitos milagres.
Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005), papa
Exortação apostólica «Redemptoris Custos», n.º 27
«Não é Ele o filho do carpinteiro?»
A comunhão de vida entre José e Jesus leva-nos a considerar ainda o mistério da Incarnação precisamente sob o aspeto da humanidade de Cristo, instrumento eficaz da divindade para a santificação dos homens: «Por força da divindade, as ações humanas de Cristo foram salutares para nós, produzindo em nós a graça, quer em razão do mérito, quer por uma certa eficácia» (S. Tomás de Aquino).
Entre estas ações, os evangelistas privilegiam aquelas que dizem respeito ao mistério pascal; mas não deixam de frisar bem a importância do contacto físico com Jesus […]. O testemunho apostólico não transcurou a narração do nascimento de Jesus, da circuncisão, da apresentação no Templo, da fuga para o Egito e da vida oculta em Nazaré, por motivo do mistério de graça contido em tais gestos, todos eles salvíficos, porque todos participam da mesma fonte de amor: a divindade de Cristo. Se este amor irradiava, através da sua humanidade, sobre todos os homens, certamente eram por ele beneficiados, em primeiro lugar, aqueles que a vontade divina tinha posto na sua maior intimidade: Maria, sua Mãe, e José, seu pai putativo.
Uma vez que o amor paterno de José não podia deixar de influir sobre o amor filial de Jesus e, reciprocamente, o amor filial de Jesus não podia deixar de influir sobre o amor paterno de José, como chegar a conhecer as profundezas desta singularíssima relação? Justamente, pois, as almas mais sensíveis aos impulsos do amor divino veem em José um exemplo luminoso de vida interior.
Neste mês de agosto, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Evangelização: Pelos artistas do nosso tempo, para que, através das obras do seu engenho, ajudem todas as pessoas a descobrir a beleza da criação.