Dia 03 de agosto de 2018 – 6ª-feira da 17ª Semana do Tempo Comum – Cor: Verde
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª Leitura – Jr 26,1-9
Todo o povo juntou-se contra Jeremias
na casa do Senhor.
Leitura do Livro do Profeta Jeremias 26,1-9:
1 No início do reinado de Joaquim,
filho de Josias, rei de Judá,
foi comunicada da parte do Senhor,
esta palavra, que dizia:
2 ‘Assim fala o Senhor:
Põe-te de pé no átrio da casa do Senhor
e fala a todos os que vêm das cidades de Judá,
para adorar o Senhor no templo,
todas as palavras que eu te mandei dizer.
Não retires uma só palavra,
3 talvez eles as ouçam e voltem do mau caminho,
e eu me arrependa da decisão de castigá-los
por suas más obras.
4 A eles então dirás:
Isto diz o Senhor:
Se não vos dispuserdes
a viver segundo a lei que vos dei,
5 a escutar as palavras dos meus servos, os profetas,
que eu vos tenho enviado com solicitude
e para vossa orientação,
e que vós não tendes escutado,
6 farei desta casa uma segunda Silo
e farei desta uma cidade amaldiçoada
por todos os povos da terra’.
7 Os sacerdotes e profetas, e todo o povo presente
ouviram Jeremias dizer estas palavras
na casa do Senhor.
8 Quando Jeremias acabou de dizer tudo
e que o Senhor lhe ordenara falasse a todo o povo,
prenderam-no os sacerdotes, os profetas e o povo, dizendo:
‘Este homem tem que morrer!
9 Por que dizes, em nome do Senhor, a profecia:
– ‘Esta casa será como Silo,
e esta cidade será devastada e vazia de habitantes?`’
Todo o povo juntou-se contra Jeremias
na casa do Senhor.
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 68,5. 8-10. 14 (R. 14c)
R. Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor.
5 Mais numerosos que os cabelos da cabeça, *
são aqueles que me odeiam sem motivo;
meus inimigos são mais fortes do que eu; *
contra mim eles se voltam com mentiras!
Por acaso poderei restituir *
alguma coisa que de outros não roubei? R.
8 Por vossa causa é que sofri tantos insultos, *
e o meu rosto se cobriu de confusão;
9 eu me tornei como um estranho a meus irmãos, *
como estrangeiro para os filhos de minha mãe.
10 Pois meu zelo e meu amor por vossa casa *
me devoram como fogo abrasador;
e os insultos de infiéis que vos ultrajam *
recaíram todos eles sobre mim! R.
14 Por isso elevo para vós minha oração, *
neste tempo favorável, Senhor Deus!
Respondei-me pelo vosso imenso amor, *
pela vossa salvação que nunca falha! R.
Evangelho – Mt 13,54-58
Não é ele o filho do carpinteiro?
Então, de onde lhe vem tudo isso?
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 13,54-58:
Naquele tempo:
54 Dirigindo-se para a sua terra,
Jesus ensinava na sinagoga,
de modo que ficavam admirados.
E diziam:
‘De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres?
55 Não é ele o filho do carpinteiro?
Sua mãe não se chama Maria,
e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas?
56 E suas irmãs não moram conosco?
Então, de onde lhe vem tudo isso?’
57 E ficaram escandalizados por causa dele.
Jesus, porém, disse:
‘Um profeta só não é estimado
em sua própria pátria e em sua família!’
58 E Jesus não fez ali muitos milagres,
porque eles não tinham fé.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Santo Hilário (c. 315-367)
bispo de Poitiers, doutor da Igreja
A Trindade, 12,52-53
«”Não é Ele o filho do carpinteiro?” […] E por causa da falta de fé daquela gente, Jesus não fez ali muitos milagres»
Enquanto gozar do sopro de vida que me concedeste, Pai santo, Deus todo poderoso, proclamar-Te-ei Deus eterno e Pai eterno. Nunca eu me farei juiz do teu poder supremo e dos teus mistérios; nunca porei o meu limitado conhecimento à frente da noção verdadeira do teu infinito; nunca afirmarei que exististe jamais sem a tua sabedoria, o teu poder ou o teu Verbo, que é Deus, o Unigênito, o meu Senhor Jesus Cristo.
É que, mesmo sendo a linguagem humana fraca e imperfeita, ao falar de Ti não limitará o meu espírito a ponto de reduzir a minha fé ao silêncio, por falta de palavras capazes de exprimir o mistério do teu ser. […] Nas realidades da natureza, também há muitas coisas cuja causa não conhecemos, sem contudo lhes ignorarmos os efeitos. E quando, devido à nossa incapacidade, não sabemos que dizer dessas coisas, a nossa fé enche-se de adoração.
Quando contemplo o movimento das estrelas […], o fluxo e refluxo do mar […], o poder oculto na mais pequena semente […], a minha ignorância ajuda-me a contemplar-Te, pois, se não compreendo essa natureza que está ao meu serviço, distingo nela a tua bondade, pelo simples fato de existir para me servir. Apercebo-me mesmo de que nem a mim próprio me conheço, mas admiro-Te tanto mais por isso […].
Deste-me a razão, a vida e os meus sentidos de homem, que me causam tantas alegrias, mas não consigo compreender qual foi o meu começo como homem. É, pois, não conhecendo aquilo que me cerca que capto aquilo que és; e, percebendo aquilo que és, adoro-Te. Por isso, não compreender os teus mistérios não diminui a minha fé no teu poder supremo. […] A geração de teu eterno Filho ultrapassa a própria noção de eternidade, é anterior aos tempos eternos. Nunca exististe sem Ele […], és o Pai eterno do teu Unigênito desde antes dos tempos eternos.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de agostos rezemos na seguinte intenção:
Universal: As famílias, um tesouro
Para que as grandes escolhas econômicas e políticas protejam a família como um tesouro da humanidade.