Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro» – São João Paulo II (1920-2005) papa Encíclica «Dives in misericordia», §14 «

Dia 16 de agosto de 2018 – 5ª-feira da 19ª Semana do Tempo Comum –  Cor: Verde

Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.

1ª Leitura – Ez 12,1-12
Prepara para ti uma bagagem de exilado,
em pleno dia, à vista deles.

Leitura da Profecia de Ezequiel 12,1-12:
1 A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:
2′ Filho do homem, estás morando no meio de um povo rebelde.
Eles têm olhos para ver e não vêem,
ouvidos para ouvir e não ouvem,
pois são um povo rebelde.
3 Quanto a ti, Filho do homem,
prepara para ti uma bagagem de exilado,
em pleno dia, à vista deles.
Emigrarás do lugar onde estás,
à vista deles, para outro lugar.
Talvez percebam que são um povo rebelde.
4 Deverás tirar a bagagem em pleno dia, à vista deles,
como se fosse a bagagem de um exilado.
Mas deverás sair à tarde, à vista deles,
como quem vai para o exílio.
5 É vista deles deverás cavar para ti um buraco no muro,
pelo qual sairás;
6 deverás carregar a bagagem nas costas
e retirá-la no escuro.
Deverás cobrir a face para não ver o país,
pois eu fiz de ti um sinal para a casa de Israel’.
7 Eu fiz assim como me foi ordenado.
Tirei a bagagem durante o dia,
como se fosse a bagagem de exilado;
à tarde, abri com a mão um buraco no muro.
Saí ao escuro,
carregando a bagagem às costas, diante deles.
8 De manhã, a palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:
9′ Filho do homem, não te perguntaram os da casa de Israel,
essa gente rebelde,
o que estavas fazendo?
10 Dize-lhes: Assim fala o Senhor Deus:
Este oráculo refere-se ao príncipe de Jerusalém
e a toda a casa de Israel que está na cidade.
11 Dize: Eu sou um sinal para vós.
Assim como eu fiz, assim será feito com eles:
irão cativos para o exílio.
12 O príncipe que está no meio deles
levará a bagagem às costas e sairá ao escuro.
Farão no muro um buraco para sair por ele.
O príncipe cobrirá o rosto
para não ver com seus olhos o país.
Palavra do Senhor.

 

Salmo – Sl 77,56-57. 58-59. 61-62 (R. Cf.7c)
R. Das obras do Senhor não se esqueçam.

56 Mesmo assim, eles tentaram o Altíssimo, *
recusando-se a guardar os seus preceitos.
57 Como seus pais, se transviaram, e o traíram *
como um arco enganador que volta atrás; R.

58i rritaram-no com seus lugares altos, *
provocaram-lhe o ciúme com seus ídolos.
59 Deus ouviu e enfureceu-se contra eles, *
e repeliu com violência a Israel.R.

61 Entregou a sua arca ao cativeiro, *
e às mãos do inimigo a sua glória;
62 fez perecer seu povo eleito pela espada, *
e contra a sua herança enfureceu-se.R.

Evangelho – Mt 18,21-19,1
Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 18,21-19,1:

Naquele tempo:
21 Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou:
‘Senhor, quantas vezes devo perdoar,
se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’
22 Jesus respondeu:
‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
23 Porque o Reino dos Céus é como um rei
que resolveu acertar as contas com seus empregados.
24 Quando começou o acerto,
trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.
25 Como o empregado não tivesse com que pagar,
o patrão mandou que fosse vendido como escravo,
junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía,
para que pagasse a dívida.
26 O empregado, porém, caíu aos pés do patrão,
e, prostrado, suplicava:
‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo’.
27 Diante disso, o patrão teve compaixão,
soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
28 Ao sair dali,
aquele empregado encontrou um dos seus companheiros
que lhe devia apenas cem moedas.
Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo:
‘Paga o que me deves’.
29 O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava:
‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’.
30 Mas o empregado não quis saber disso.
Saiu e mandou jogá-lo na prisão,
até que pagasse o que devia.
31 Vendo o que havia acontecido,
os outros empregados ficaram muito tristes,
procuraram o patrão e lhe contaram tudo.
32 Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse:
‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida,
porque tu me suplicaste.
33 Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro,
como eu tive compaixão de ti?’
34 O patrão indignou-se
e mandou entregar aquele empregado aos torturadores,
até que pagasse toda a sua dívida.
35 É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco,
se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.’
19,1 Ao terminar estes discursos,
Jesus deixou a Galiléia
e veio para o território da Judéia além do Jordão.
Palavra da Salvação.

 

Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005)
papa
Encíclica «Dives in misericordia», §14

«Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro»

 

Se Paulo VI por mais de uma vez indicou que a «civilização do amor» é o fim para o qual devem tender todos os esforços, tanto no campo social e cultural, como no campo econômico e político, é preciso acrescentar que este fim nunca será alcançado se, nas nossas concepções e nas nossas atuações relativas às amplas e complexas esferas da convivência humana, nos detivermos no critério do «olho por olho e dente por dente» (Ex 21,24; Mt 5,38) e, ao contrário, não tendermos para transformá-lo essencialmente, completando-o com outro espírito.

É nesta direção que nos conduz também o Concílio Vaticano II quando, ao falar repetidamente da necessidade de «tornar o mundo mais humano» (GS 40), centraliza a missão da Igreja no mundo contemporâneo precisamente na realização desta tarefa. O mundo dos homens só se tornará mais humano se introduzirmos, no quadro multiforme das relações interpessoais e sociais, juntamente com a justiça, o «amor misericordioso» que constitui a mensagem messiânica do Evangelho.

O mundo dos homens só poderá tornar-se cada vez mais humano quando introduzirmos, em todas as relações recíprocas que formam a sua fisionomia moral, o momento do perdão, tão essencial no Evangelho. O perdão atesta que, no mundo, está presente o amor que é mais forte que o pecado. O perdão, além disso, é a condição fundamental para a reconciliação, não só nas relações de Deus com o homem, mas também nas relações dos homens entre si.

Um mundo do qual se eliminasse o perdão seria apenas um mundo de justiça fria e pouco respeitosa, em nome da qual cada um reivindicaria os direitos próprios em relação aos demais. Deste modo, as várias espécies de egoísmo, latentes no homem, poderiam transformar a vida e a convivência humana num sistema de opressão dos mais fracos pelos mais fortes, ou até numa arena de luta permanente de uns contra os outros.

Com razão a Igreja considera seu dever e objetivo da sua missão assegurar a autenticidade do perdão, tanto na vida e no comportamento concreto, como na educação e na pastoral. E não o protege senão guardando a sua fonte, isto é, o mistério da misericórdia de Deus, revelado em Jesus Cristo.

Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de agostos rezemos na seguinte intenção:
Universal: As famílias, um tesouro
Para que as grandes escolhas econÔmicas e políticas protejam a família como um tesouro da humanidade.

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