Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 18 de junho de 2010
Sexta-feira da 11ª semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: São Gregório João Barbarigo (1625-1697) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=18&Mes=6
Livro de 2º Reis 11,1-4.9-18.20:
Atália, mãe de Acazias, ao ver seu filho morto, decidiu exterminar toda a descendência real.
Joseba, porém, filha do rei Jorão e irmã de Acazias, tomou Joás, filho de Acazias, e livrou-o do massacre dos filhos do rei, escondendo-o, com a sua ama de leite, no quarto de dormir. Ocultaram-no, assim, de Atália, de modo que pôde escapar à morte.
Esteve seis anos escondido com Joseba no templo do Senhor, no tempo em que Atália reinava no país.
No sétimo ano, Joiadá convocou os centuriões dos cários e os guardas e introduziu-os no templo do Senhor. Fez com eles um pacto, e, depois de os fazer jurar no templo do Senhor, mostrou-lhes o filho do rei
Os centuriões executaram fielmente as ordens do sacerdote Joiadá. Tomaram cada um os seus homens, tanto os que começavam o serviço ao sábado, como os que terminavam, e foram ter com o sacerdote Joiadá.
Este deu-lhes a lança e os escudos do rei Davi, que se encontravam no templo do Senhor.
Os guardas postaram-se à volta do rei, todos de armas na mão, ao longo do altar e do templo, desde o lado sul até ao lado norte do templo.
Então, Joiadá trouxe para fora o filho do rei, pôs-lhe o diadema na cabeça e entregou-lhe o documento da aliança. Proclamaram-no rei, ungiram-no e todos o aplaudiram, gritando: «Viva o rei!»
Atália, ao ouvir a gritaria que faziam os guardas e o povo, entrou no templo do Senhor pelo meio da multidão.
E viu surpreendida que o rei estava de pé sobre o estrado, segundo o costume, tendo ao seu lado os cantores e as trombetas, enquanto o povo se alegrava, tocando trombetas. Então, ela rasgou as vestes, gritando: «Conspiração! Conspiração!»
Mas o sacerdote Joiadá ordenou aos centuriões que comandavam as tropas: «Levai-a para fora do recinto do templo e, se alguém a seguir, matai-o com a espada.» Pois o pontífice proibira que a matassem no templo do Senhor.
Agarraram-na, por conseguinte, e ao chegarem ao palácio real, pelo caminho da entrada dos cavalos, ali a mataram.
Joiadá fez uma aliança com o Senhor, o rei e o povo, segundo a qual o povo devia ser o povo do Senhor. Fez também uma aliança entre o rei e o povo.
Todo o povo da terra entrou então no templo de Baal e destruiu-o; derrubaram os altares, partiram em bocados as imagens e assassinaram Matan, sacerdote de Baal, diante do altar. O sacerdote Joiadá colocou guardas no templo do Senhor.
Todo o povo da terra se alegrou e a cidade ficou em paz. Atália tinha sido morta à espada no palácio real.
Livro de Salmos 132,11.12.13-14.17-18:
O SENHOR fez um juramento a Davi, uma promessa a que não faltará: «Hei de colocar no teu trono um descendente da tua família.
Se os teus filhos guardarem a minha aliança e os preceitos que lhes hei de ensinar, também os filhos deles se hão de sentar para sempre no teu trono.»
O SENHOR escolheu Sião, preferiu-a para sua morada:
«Este será para sempre o meu lugar de repouso, aqui habitarei, porque o escolhi.
Ali farei surgir descendência para Davi e farei brilhar a luz do meu ungido.
Cobrirei de vergonha os seus inimigos, mas sobre ele farei brilhar o seu diadema.»
Evangelho segundo S. Mateus 6,19-23:
«Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros, a fim de os roubar.
Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam.
Pois, onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
A lâmpada do corpo são os olhos; se os teus olhos estiverem sãos, todo o teu corpo andará iluminado.
Se, porém, os teus olhos estiverem doentes, todo o teu corpo andará em trevas. Portanto, se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão essas trevas!
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Basílio (c. 330-379), monge e bispo de Cesareia da Capadócia, Doutor da Igreja
Homilia sobre a caridade: PG 31, 266-267; 275
«Não acumuleis tesouros na terra»
Por que te atormentas e fazes tantos esforços para colocar a tua riqueza em segurança atrás de cimento e de tijolos? «Vale mais o bom nome que grandes riquezas» (Pr 22,1). Gostas do dinheiro por causa da consideração que te granjeia. Imagina só quanto maior será a tua fama se te puderem chamar pai e protetor de milhares de crianças, em vez de guardares milhares de moedas de ouro em sacos. Quer queiras, quer não, um dia terás mesmo de deixar cá o teu dinheiro; pelo contrário, a glória de todo o bem que tiveres feito, levá-la-ás contigo à presença do supremo Mestre, enquanto todo um povo, defendendo-te insistentemente diante do juiz comum, te atribuirá nomes que dirão que o alimentaste, o assististe, que foste bom para ele.
Como deverias estar reconhecido, feliz e orgulhoso da honra que te é dada: não és tu que tens de ir importunar os outros à sua porta, são os outros que correm para a tua. Mas nesse momento ficas sombrio, tornas-te inacessível, evitas os encontros, com medo de teres de deixar um pouco daquilo que tão ciosamente guardas. E só dizes uma coisa: «Não tenho nada, não vos vou dar nada porque sou pobre.» És na realidade pobre, e pobre de todo o bem: pobre de amor, pobre de bondade, pobre de confiança em Deus, pobre de esperança eterna.