Dia 27 de julho de 2017 – Quinta-feira da 16ª semana do Tempo Comum
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Mateus 13,10-17:
Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Porque lhes falas em parábolas?».
Jesus respondeu: «Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos Céus, mas a eles não.
Pois àquele que tem dar-se-á e terá em abundância; mas àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado.
É por isso que lhes falo em parábolas, porque vêem sem ver e ouvem sem ouvir nem entender.
Neles se cumpre a profecia de Isaías que diz: ‘Ouvindo ouvireis, mas sem compreender; olhando olhareis, mas sem ver.
Porque o coração deste povo tornou-se duro: endureceram os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para não acontecer que, vendo com os olhos e ouvindo com os ouvidos e compreendendo com o coração, se convertam e Eu os cure’.
Quanto a vós, felizes os vossos olhos porque vêem e os vossos ouvidos porque ouvem!
Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram.
Comentário do dia
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 147
«Muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes»
Quando viu o mundo transtornado pelo medo, Deus pôs em ação o seu amor para o chamar a Si, a sua graça para o convidar, o seu afeto para o abraçar. Nos dias do dilúvio, […] chamou Noé a gerar um mundo novo, encorajou-o com suaves palavras, deu-lhe uma confiança de predileto, instruiu-o com bondade sobre o presente e consolou-o com a sua graça relativamente ao futuro. […] Participou no seu labor e encerrou na arca o germe do mundo inteiro, a fim de que o amor pela sua aliança banisse o medo. […]
Em seguida, Deus chamou Abraão do meio das nações, elevou o seu nome e fez dele pai dos crentes. Acompanhou-o pelo caminho, protegeu-o no estrangeiro, cumulou-o de riquezas, honrou-o com vitórias, confirmou-o com as suas promessas, arrancou-o às injustiças, consolou-o na sua hospitalidade e maravilhou-o com um nascimento inesperado, a fim de que, atraído pela doçura do amor divino, ele aprendesse a […] adorar a Deus amando-O e já não temendo-O.
Mais tarde, por meio de um sonho, Deus consolou Jacó, que se encontrava em fuga. No regresso, provocou-o para um combate e, durante a luta, estreitou-o nos seus braços, a fim de que ele amasse o pai dos combates e deixasse de O temer. Depois, chamou Moisés e falou-lhe com amor de pai, para o convidar a libertar o seu povo.
Em todos estes acontecimentos, a chama da caridade divina abrasou o coração dos homens […] e estes, de alma ferida, começaram a desejar ver a Deus com os olhos da carne. […] O amor não admite não ver aquilo que ama. Não é verdade que todos os santos consideraram pouca coisa tudo quanto obtinham quando não viam a Deus? […] Que ninguém pense, pois, que Deus fez mal em vir ter com os homens por meio de um homem. Ele tomou carne entre nós para ser visto por nós.
Neste mês de julho, com e Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Pela Evangelização: Pelos nossos irmãos que se afastaram da fé, para que, através da nossa oração e do nosso testemunho evangélico, possam redescobrir a proximidade do Senhor misericordioso e a beleza da vida cristã.