Dia 23 de julho de 2015 – S. Brígida, religiosa, co-padroeira da Europa – Festa
15º aniversário da Diocese de Blumenau – Ano da Missão Diocesana
Evangelho segundo S. Mateus 13,10-17:
Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Porque lhes falas em parábolas?».
Jesus respondeu: «Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos Céus, mas a eles não.
Pois àquele que tem será dado e terá em abundância; mas àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado.
É por isso que lhes falo em parábolas, porque vêm sem ver e ouvem sem ouvir nem entender.
Neles se cumpre a profecia de Isaías que diz: ‘Ouvindo ouvireis, mas sem compreender; olhando olhareis, mas sem ver.
Porque o coração deste povo tornou-se duro: endureceram os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para não acontecer que, vendo com os olhos e ouvindo com os ouvidos e compreendendo com o coração, se convertam e Eu os cure’.
Quanto a vós, felizes os vossos olhos porque vêm e os vossos ouvidos porque ouvem!
Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».
Comentário do dia
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 147
«Muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes»
Quando viu o mundo transtornado pelo medo, Deus pôs em ação o seu amor para o chamar a Si, a sua graça para o convidar, o seu afeto para o abraçar. Quando do dilúvio, […] chama Noé a gerar um mundo novo, encoraja-o por meio de doces palavras, dá-lhe uma confiança de predileto, instrui-o com bondade sobre o presente e consola-o com a sua graça relativamente ao futuro. […] Participa no seu labor e encerra na arca o germe do mundo inteiro, a fim de que o amor pela sua aliança banisse o medo. […]
Em seguida, Deus chama Abraão do meio das nações, eleva o seu nome e faz dele pai dos crentes. Acompanha-o pelo caminho, protege-o no estrangeiro, cumula-o de riquezas, honra-o com vitórias, confirma-o com as suas promessas, arranca-o às injustiças, consola-o na sua hospitalidade e maravilha-o com um nascimento inesperado, a fim de que, atraído pela doçura do amor divino, ele aprenda a […] adorar a Deus amando-O e já não temendo-O.
Mais tarde, Deus consola Jacó em fuga por meio de sonhos. No regresso, provoca-o para um combate e, durante a luta, estreita-o nos braços, a fim de que ele ame o pai dos combates e deixe de O temer. Depois, chama Moisés e fala-lhe com o amor de um pai, para o convidar a libertar o seu povo.
Em todos estes acontecimentos, a chama da caridade divina abrasou o coração dos homens […] e estes, de alma ferida, começaram a desejar ver a Deus com os olhos da carne. […] O amor não admite não ver aquilo que ama. Não é verdade que todos os santos consideraram pouca coisa tudo quanto obtinham quando não viam a Deus? […] Que ninguém pense, pois, que Deus fez mal em vir ter com os homens por meio de um homem. Ele tomou carne entre nós para ser visto por nós.
Neste mês de Julho, rezemos nas intenções do Papa:
Universal: Política e caridade Para que a responsabilidade política seja vivida a todos os níveis como uma forma elevada de caridade.
Pela Evangelização: Os pobres na América Latina Para que, diante das desigualdades sociais, os cristãos da América Latina dêem testemunho do amor pelos pobres e contribuam para uma sociedade mais fraterna.