Diocese de Blumenau vai ordenar 20 diáconos no mês das vocações
Um ministério nascido pela imposição das mãos dos apóstolos de Jesus. Assim surgiram os primeiros diáconos, uma vocação tão antiga na Igreja para uma missão sempre nova! No livro Atos dos Apóstolos (At 6,1-7) encontramos a primeira alusão à ordenação de diáconos que auxiliaram os doze apóstolos de Jesus.
Para coroar esta vocação tão ascendente, o mês de agosto foi escolhido pela Diocese de Blumenau para realizar a ordenação de 20 diáconos permanentes em uma única celebração, no dia 13 de agosto, às 9h, na Catedral São Paulo Apóstolo em Blumenau.
O Padre João Leite, diretor espiritual da Comissão Diocesana dos Diáconos Permanentes, explica que a missão do diaconato permanente está ligada ao Cristo – Servo. “Ele coloca em evidência e potencializa para todo o povo de Deus a dimensão do gesto de atitude diaconal de Cristo. Ser ícone de Cristo – Servidor constitui a identidade profunda do diácono”, afirma.
Para ser um diácono permanente é necessário ter engajamento pastoral e eclesial. “São sinais que devem ser identificados pela comunidade e pelo pároco. Após a indicação, a aprovação dos familiares e da comunidade o candidato recebe sua formação por seis anos, divididos em duas etapas anuais de dez dias em cada etapa, em janeiro e julho. Totalizando doze”, conta o Pe. João Leite.
Maduro na fé, ter visão de igreja solidária, capacidade de comunhão eclesial para ouvir, dialogar e acolher; ter consciência de que é missionário; ser homem de oração e contemplação; ter espírito de serviço, principalmente para os mais pobres. Ter interesse pelos estudos da Sagrada Escritura e pelos documentos da Igreja são os principais requisitos para se tornar um bom diácono.
O Diácono Carlos Pedro Kleis, foi ordenado em 2002, atualmente é coordenador da Pastoral Familiar; da Comissão Diocesana dos Diáconos Permanentes (CODIPE); Presidente da Associação das mulheres e homens da caridade (AMHOCAR) e Integrante da Coordenação da Escola Diaconal São Lourenço. “A minha diaconia é vivida na centralidade da Eucaristia, na celebração dos Sacramentos e de toda liturgia, na recitação da Liturgia das Horas, no serviço do povo de Deus através da caridade pastoral, na orientação espiritual, na partilha comunitária e na comunhão eclesial”, explica.
Vinte anos de missão e a serviço da caridade, completou em abril o diácono João Francisco Zimmermann. “Durante esses anos, aprendi que não é nossa a escolha do que fazer, nem de desempenhar o trabalho diaconal. Enquanto estava na caminhada de preparação para o diaconato, imaginava atuar somente na comunidade onde resido, no entanto, Deus nos chama e nos envia para onde há necessidade, além dos serviços na Paróquia.”, relembra. O diácono João já foi coordenador Regional do Diaconato, coordenador diocesano da Pastoral Familiar e atualmente é membro da Comissão Diocesana dos Diáconos Permanentes, da equipe de coordenação da Escola Diaconal São Lourenço e apresentador do programa semanal “Família Plano de Deus”, na Rádio Arca da Aliança. “O diaconato é um caminho que nos configura com Cristo Servo, que nos convida a irmos ao encontro dos mais pobres e necessitados”, conclui.
“A vocação nos é dada para servir a nossa família, à comunidade, à igreja e para transformar a sociedade. Ser fermento, sal e luz. Porém, a iniciativa é sempre de Deus. É dom gratuito. É preciso, portanto, dizer sim como Nossa Senhora”. Essas são as palavras do Diácono Ilário Weber, ordenado diácono há 16 anos, sobre a vocação. Para Ilário Weber, o diácono permanente é um servidor e sua condição essencial é o testemunho de vida. Atualmente, auxilia o pároco e as pastorais na Paróquia Santo Estevão, Salto do Norte. Coordena a Pastoral de Batismo e Noivos, atua na catequese para adultos, visitação aos doentes, bênçãos, entre outras atribuições. Está sempre à disposição da igreja no que for necessário.
O diaconato permanente
A palavra “diácono” aparece na Bíblia no livro Atos dos Apóstolos (At 6,1-7), quando os problemas nas comunidades começaram a crescer e os apóstolos de Jesus tinham muitas atribuições. Por isso, outros homens de grandes virtudes foram escolhidos para auxiliar no trabalho. Sete homens com a missão de “servir às mesas” foram ordenados, aparecendo assim a escrita DIACONIA (cf. At 21,8; Dt 16,18), que significa “servir às mesas” (diakonein trapezais). “Assim surgiu o diácono, nome de um serviço eclesial e não de um poder ou de uma honraria. É um ministério que nasceu da imposição das mãos dos apóstolos. E, por isso, é um ministério apostólico”, explica o Padre João Leite.
Serviço
Ordenação Diaconal de 20 Diáconos Permanentes
Data: 13 de agosto de 2016, sábado
Hora: 09h
Local: Catedral São Paulo Apóstolo em Blumenau