25/12/2010 – 12h02
O decreto de beatificação de Irmã Dulce (1914-1992), conhecida como "o anjo bom da Bahia", foi assinado pelo papa Bento 16 no dia 10 deste mês. Em outubro passado, a Congregação das Causas dos Santos do Vaticano havia reconhecido um milagre atribuído à religiosa, encerrando um processo de beatificação que tramitava desde junho de 2001.
O Vaticano reconheceu a intercessão da religiosa na recuperação de uma mulher sergipana, desenganada pelos médicos após sofrer uma forte hemorragia durante o parto.
A causa de beatificação de Irmã Dulce foi iniciada em 2000 pelo cardeal primaz do Brasil, dom Geraldo Majella, arcebispo de Salvador.
Irmã Dulce será a primeira baiana a se tornar beata. O título de santa só poderá ser dado após a comprovação de mais um milagre atribuído à religiosa e reconhecido pelo Vaticano.
Irmã Dulce, cujo nome era Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, começou a praticar caridade aos 13 anos, ajudando mendigos que moravam nas ruas da capital baiana. Aos 18 anos, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição. Dedicou toda sua vida à caridade.
O corpo de Irmã Dulce foi transferido em junho passado para um túmulo lacrado na capela das Relíquias, na igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Largo de Roma, bairro onde a religiosa fez trabalhos de caridade, em Salvador.
Antes da transferência, o corpo mumificado da religiosa ficou exposto por três dias e atraiu centenas de pessoas.
O arcebispo de Salvador nomeou o padre Manoel Filho para coordenar os preparativos da cerimônia de beatificação. Será formada uma comissão de padres, leigos e representantes das Obras Sociais Irmã Dulce para auxiliar na organização do evento.
(Do jornal A Folha de São Paulo – tuitado pelo Pe. Joãozinho, SCJ, 25/12/2010)