Dia 29 de março de 2017 – Quarta-feira da 4ª semana da Quaresma
No Brasil, Ano Mariano (2016 – 12.10 – 2017), instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. João 5,17-30:
Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo».
Esta afirmação era mais um motivo para os judeus quererem dar-Lhe a morte: não só por violar o sábado, mas também por chamar a Deus seu Pai, fazendo-Se igual a Deus.
Então Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O Filho nada pode fazer por Si próprio, mas só aquilo que viu fazer ao Pai; e tudo o que o Pai faz também o Filho o faz igualmente.
Porque o Pai ama o Filho e Lhe manifesta tudo quanto faz; e há-de manifestar-Lhe coisas maiores que estas, de modo que ficareis admirados.
Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim o Filho dá vida a quem Ele quer.
O Pai não julga ninguém: entregou ao Filho o poder de tudo julgar,
para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que O enviou.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e acredita n’Aquele que Me enviou tem a vida eterna e não será condenado, porque passou da morte à vida.
Em verdade, em verdade vos digo: Aproxima-se a hora _ e já chegou _ em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão.
Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim também concedeu ao Filho que tivesse a vida em Si mesmo;
e deu-Lhe o poder de julgar, porque é o Filho do homem.
Não vos admireis do que estou a dizer, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz:
Os que tiverem praticado boas obras irão para a ressurreição dos vivos e os que tiverem praticado o mal para a ressurreição dos condenados.
Eu não posso fazer nada por Mim próprio: julgo segundo o que oiço e o meu juízo é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou».
Comentário do dia
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
O Génesis em sentido literal, 4, 11-13 [21-24]
«Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo».
Gostaríamos de explicar como é possível compatibilizar o texto do Gênesis onde está escrito que Deus repousou ao sétimo dia de todas as suas obras com o texto do evangelho onde o Senhor, por quem todas as coisas foram feitas, diz: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo». […] A observância do sábado foi prescrita aos judeus para prefigurar o repouso espiritual que Deus prometeu aos fiéis que fizessem boas obras, repouso cujo mistério o Senhor Jesus Cristo confirmou com a sua sepultura, porque foi num dia de sábado que Ele repousou no túmulo, […] depois de ter consumado todas as suas obras.
Podemos pensar que Deus repousou de ter criado os diversos gêneros de criaturas, porque não voltou a criar novos gêneros; mas […] nem neste sétimo dia deixou de governar o céu, a terra e todos os outros seres que tinha criado, pois de outra maneira eles ter-se-iam diluído no nada. Porque o poder do Criador, a força do Omnipotente, é a causa pela qual subsistem todas as criaturas. […] Com efeito, não se passa com Deus o mesmo que com um arquiteto, que, concluída a casa, se afasta e […] a obra subsiste. Pelo contrário, o mundo não poderia subsistir, um instante que fosse, se Deus lhe retirasse o seu apoio. […]
É isto que afirma o apóstolo Paulo quando pretende anunciar Deus aos atenienses: «Nele vivemos, nos movemos e somos» (At 17,28). […] Com efeito, não somos em Deus como a sua própria substância, no sentido em que é dito que Ele «tem a vida em Si mesmo»; mas, sendo algo diferente dele, só podemos ser nele porque Ele age desta maneira: «A sua sabedoria estende-se de um extremo ao outro do mundo e governa o universo» (Sb 8,1). […] Nós vemos as obras boas que Deus fez (Gn 1,31). e veremos o seu repouso depois de termos realizado as nossas próprias obras boas.
Neste mês de MARÇO, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguinte intenção:
Pela Evangelização: Pelos cristãos perseguidos, para que experimentem o apoio de toda a Igreja na oração e através da ajuda material.