Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 15 de novembro de 2010
Segunda-feira da 33ª semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: Santo Alberto Magno (+1280) – Conheça sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=15&Mes=11
Livro do Apocalipse 1,1-4.2,1-5:
Revelação de Jesus Cristo. Deus encarregou-o de manifestar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer e que Ele comunicou pelo anjo que enviou ao seu servo João,
o qual atesta que tudo o que viu é Palavra de Deus e testemunho de Jesus Cristo.
Feliz o que lê e os que escutam a mensagem desta profecia e põem em prática o que nela está escrito, porque o tempo está próximo.
João saúda as sete igrejas da província da Ásia: graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete espíritos que estão diante do seu trono
Ao anjo da igreja de Éfeso, escreve: «Isto diz o que tem na mão direita as sete estrelas, o que caminha no meio dos sete candelabros de ouro:
‘Conheço as tuas obras, as tuas fadigas e a tua constância. Sei também que não podes tolerar os malvados e que puseste à prova os que se dizem apóstolos – mas não o são – e os achaste mentirosos;
tens constância, sofreste por causa de mim e não perdeste a coragem.
No entanto, tenho uma coisa contra ti: abandonaste o teu primeiro amor.
Lembra-te, pois, donde caíste, arrepende-te e torna a proceder como ao princípio. Se não procederes assim e não te arrependeres, Eu virei ter contigo e retirarei o teu candelabro do seu lugar.
Livro de Salmos 1,1-2.3.4.6:
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem toma parte na reunião dos libertinos;
antes põe o seu enlevo na lei do Senhor e nela medita dia e noite.
É como a árvore plantada à beira da água corrente: dá fruto na estação própria e a sua folhagem não murcha; em tudo o que faz é bem sucedido.
Mas os ímpios não são assim! São como a palha que o vento leva.
O Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à perdição.
Evangelho segundo S. Lucas 18,35-43:
Quando se aproximavam de Jericó, estava um cego sentado a pedir esmola à beira do caminho.
Ouvindo a multidão que passava, perguntou o que era aquilo.
Disseram-lhe que era Jesus de Nazaré que ia a passar.
Então, bradou: «Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!»
Os que iam à frente repreendiam-no, para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de Davi, tem misericórdia de mim!»
Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Quando o cego se aproximou, perguntou-lhe:
«Que queres que te faça?» Respondeu: «Senhor, que eu veja!»
Jesus disse-lhe: «Vê. A tua fé te salvou.»
Naquele mesmo instante, recobrou a vista e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, ao ver isto, deu louvores a Deus.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
Homilia «Vida de fé», em «Amigos de Deus», nº 195
«Os que iam à frente repreendiam-no, para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais.»
Ouvindo aquele grande vozear das pessoas, o cego perguntou: o que é isto? Responderam-lhe: é Jesus de Nazaré. Então inflamou-se-lhe tanto a alma na fé em Cristo, que gritou: «Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim.»
Não te dá vontade de gritar, a ti que também estás parado na beira do caminho, desse caminho da vida que é tão curta; a ti, a quem faltam luzes; a ti, que necessitas de mais graça para te decidires a procurar a santidade? Não sentes urgência em clamar: «Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim»? Que bela jaculatória para repetires com frequência!
Aconselho-vos a meditar com vagar sobre as circunstâncias que precedem o prodígio, a fim de que conserveis bem gravada na vossa mente uma ideia muito nítida: como os nossos pobres corações são diferentes do Coração misericordioso de Jesus! Isto ser-vos-á sempre muito útil, de modo especial na hora da prova, da tentação, e também na hora da resposta generosa nos pequenos afazeres do dia-a-dia ou nas ocasiões heróicas.
Muitos repreendiam-no para o fazer calar. Tal como a ti, quando suspeitaste de que Jesus passava a teu lado. Acelerou-se o bater do teu coração e começaste também a clamar, movido por uma íntima inquietação. E amigos, costumes, comodidade, ambiente, todos te aconselharam: cala-te, não grites! Porque é que hás de chamar por Jesus? Não o incomodes!
Mas o pobre Bartimeu não os ouvia e continuava ainda com mais força: «Filho de Davi, tem piedade de mim». O Senhor, que o ouviu desde o começo, deixou-o perseverar na sua oração. Contigo, procede da mesma maneira. Jesus apercebe-Se do primeiro apelo da nossa alma, mas espera. Quer que nos convençamos de que precisamos Dele; quer que Lhe roguemos, que sejamos teimosos, como aquele cego que estava à beira do caminho, à saída de Jericó. Imitemo-lo. Ainda que Deus não nos conceda imediatamente o que Lhe pedimos e, apesar de muitos procurarem afastar-nos da oração, não cessemos de Lhe implorar.