Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
sábado, 05 de junho de 2010
Sábado da 9ª semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: São Bonifácio (672/673-754) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=5&Mes=6
2ª Carta a Timóteo 4,1-8:
Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, peço-te encarecidamente, pela sua vinda e pelo seu Reino:
proclama a palavra, insiste em tempo propício e fora dele, convence, repreende, exorta com toda a compreensão e competência.
Virão tempos em que o ensinamento salutar não será aceito, mas as pessoas acumularão mestres que lhes encham os ouvidos, de acordo com os próprios desejos.
Desviarão os ouvidos da verdade e divagarão ao sabor de fábulas.
Tu, porém, controla-te em tudo, suporta as adversidades, dedica-te ao trabalho do Evangelho e desempenha com esmero o teu ministério.
Quanto a mim, já estou pronto para oferecer-me como sacrifício; avizinha-se o tempo da minha libertação.
Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel.
A partir de agora, já me aguarda a merecida coroa, que me entregará, naquele dia, o Senhor, justo juiz, e não somente a mim, mas a todos os que anseiam pela sua vinda.
Livro de Salmos 71(70),8-9.14-15.16-17.22:
A minha boca está cheia do teu louvor; todo o dia proclamo a tua glória.
Não me rejeites no tempo da velhice, não me abandones, quando já não tiver forças.
Eu, porém, esperarei continuamente e, dia após dia, mais te louvarei.
A minha boca proclamará a tua justiça, e todo o dia anunciarei a tua salvação, porque não lhes conheço limites.
Narrarei esses prodígios, Senhor, DEUS, recordarei a tua justiça sem igual.
Instruíste-me, ó Deus, desde a minha juventude e até hoje anunciei sempre as tuas maravilhas.
Por isso, quero louvar-te ao som da harpa, louvar a tua fidelidade, ó meu Deus; quero cantar-te ao som da cítara.
Evangelho segundo S. Marcos 12,38-44:
Continuando o seu ensinamento, Jesus dizia: «Tomai cuidado com os doutores da Lei, que gostam de exibir longas vestes, de ser cumprimentados nas praças,
de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e nos banquetes;
eles devoram as casas das viúvas a pretexto de longas orações. Esses receberão uma sentença mais severa.»
Estando sentado em frente do tesouro, observava como a multidão deitava moedas. Muitos ricos deitavam muitas.
Mas veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões.
Chamando os discípulos, disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros;
porque todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
A Simple Path (a partir da trad. francesa, Plon Mame, 1995, p. 95)
«Todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía«
Tendes de dar aquilo que vos custa um pouco. Não basta dar apenas aquilo de que podeis prescindir, tendes de dar aquilo de que não podeis nem quereis prescindir, as coisas às quais estais presos. Nessa altura, o que dais passa a ser um sacrifício, que tem mérito aos olhos de Deus. […] É aquilo a que eu chamo o amor em ação. Todos os dias vejo crescer este amor nas crianças, nos homens e nas mulheres.
Certo dia em que ia a descer a rua, aproximou-se de mim um mendigo que me disse: «Madre Teresa, toda a gente lhe oferece presentes e eu também quero dar-lhe um presente. Hoje deram-me apenas vinte e nove cêntimos durante todo o dia e eu quero dar-lhos.» Fiquei a pensar um momento: se eu aceitar estes vinte e nove cêntimos (que não valem quase nada), ele corre o risco de não ter que comer esta noite; mas, se não os aceitar, ofendo-o. Então, estendi a mão e aceitei o dinheiro. E nunca vi, em rosto algum, tanta alegria como a que vi no rosto deste homem, que ficou felicíssimo por ter podido oferecer qualquer coisa à Madre Teresa! Para ele, que tinha mendigado o dia todo ao calor, aquela soma irrisória, que não serviria para quase nada, era um sacrifício enorme. Mas era uma coisa maravilhosa: aquelas moedinhas a que estava renunciando valiam uma fortuna, por serem dadas com tanto amor.