3ª-feira da 27ª Semana do Tempo Comum – 9 de Outubro de 2018 – Cor: Verde
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª Leitura – Gl 1,13-24
Dignou-se revelar-me o seu Filho,
para que eu o pregasse entre os pagãos.
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas 1,13-24:
Irmãos:
13 Certamente ouvistes falar
como foi outrora a minha conduta no judaísmo,
com que excessos perseguia e devastava a Igreja de Deus
14 e como progredia no judaísmo
mais do que muitos judeus de minha idade,
mostrando-me extremamente zeloso das tradições paternas.
15 Quando, porém, aquele que me separou desde o ventre materno
e me chamou por sua graça
16 se dignou revelar-me o seu Filho,
para que eu o pregasse entre os pagãos,
não consultei carne nem sangue
17 nem subi, logo, a Jerusalém
para estar com os que eram apóstolos antes de mim.
Pelo contrário, parti para a Arábia
e, depois, voltei ainda a Damasco.
18 Três anos mais tarde, fui a Jerusalém
para conhecer Cefas
e fiquei com ele quinze dias.
19 E não estive com nenhum outro apóstolo,
a não ser Tiago, o irmão do Senhor.
20 Escrevendo estas coisas,
afirmo diante de Deus que não estou mentindo.
21 Depois, fui para as regiões da Síria e da Cilícia.
22 Ainda não era pessoalmente conhecido
das igrejas da Judéia que estão em Cristo.
23 Apenas tinham ouvido dizer que
‘aquele que, antes, nos perseguia,
está agora pregando a fé que, antes, procurava destruir’.
24 E glorificavam a Deus por minha causa.
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 138,1-3. 13-14ab. 14c-15 (R. 24b)
R. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
1 Senhor, vós me sondais e conheceis, *
2 sabeis quando me sento ou me levanto;
de longe penetrais meus pensamentos, +
3 percebeis quando me deito e quando eu ando, *
os meus caminhos vos são todos conhecidos.R.
13 Fostes vós que me formastes as entranhas, *
e no seio de minha mãe vós me tecestes.
14a Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, +
porque de modo admirável me formastes! *
14b Que prodígio e maravilha as vossas obras! R.
14c Até o mais íntimo, Senhor me conheceis; *
15 nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis;
quando eu era modelado ocultamente, *
era formado nas entranhas subterrâneas.R.
Evangelho – Lc 10,38-42
Marta recebeu-o em sua casa.
Maria escolheu a melhor parte.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 10,38-42:
Naquele tempo:
38 Jesus entrou num povoado,
e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa.
39 Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor,
e escutava a sua palavra.
40 Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres.
Ela aproximou-se e disse:
‘Senhor, não te importas que minha irmã
me deixe sozinha, com todo o serviço?
Manda que ela me venha ajudar!’
41 O Senhor, porém, lhe respondeu:
‘Marta, Marta! Tu te preocupas
e andas agitada por muitas coisas.
42 Porém, uma só coisa é necessária.
Maria escolheu a melhor parte
e esta não lhe será tirada.’
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Santa Isabel da Santíssima Trindade (1880-1906)
carmelita
Último retiro, 10.º-11.º dias
«Maria, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra»
Para que nada me tire do silêncio interior, [manterei] sempre a mesma condição, o mesmo isolamento, o mesmo distanciamento, o mesmo despojamento. Se os meus desejos, os meus medos, as minhas alegrias ou as minhas dores […] não estiverem perfeitamente ordenados para Deus, não estarei sozinha e haverá ruído em mim; por isso, é preciso serenidade, repouso das potências, concentração do ser. «Filha, escuta, vê e presta atenção; esquece o teu povo e a casa de teu pai. Porque o Rei deixou-se prender pela tua beleza» [Sl 45,11-12]. […]
Esquecer o próprio povo parece-me difícil; porque aqui «povo» é todo este mundo, que faz, por assim dizer, parte de nós: é a sensibilidade, são as memórias, as impressões, etc. […] Quando a alma faz essa ruptura, quando se liberta de tudo isso, o Rei fica prisioneiro da sua beleza. […] Vendo o silêncio que reina na sua criatura e considerando que está absolutamente recolhida […], o Criador fá-la passar por esta solidão imensa, infinita, [retira-a] para esse «lugar seguro» cantado pelo profeta (Sl 18,20), que é Ele próprio. […] «Ao deserto a conduzirei, para lhe falar ao coração» (Os 2,16).
Ei-la, a alma entrada nessa vasta solidão em que Deus Se fará ouvir! São Paulo diz: «A palavra de Deus é viva, eficaz e mais afiada que uma espada de dois gumes; penetra até à divisão da alma e do corpo, das articulações e das medulas» (Hb 4,12). Portanto, será ela quem diretamente completará o trabalho de despojamento na alma. […] Mas não basta ouvir a palavra, é necessário guardá-la (Jo 14,23). E é guardando-a que a alma será «consagrada na verdade» (Jo 17,17); é esse o desejo do Mestre […], que prometeu àquele que guarda a sua palavra: «Meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada» (Jo 14,23) É toda a Trindade que habita na alma que a ama verdadeiramente, ou seja, que guarda a sua palavra.
Neste mês de outubro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção
Pela evangelização: A missão dos consagrados
Para que os consagrados e as consagradas reavivem o seu fervor missionário e estejam presentes entre os pobres, os marginalizados e aqueles que não têm voz.