«Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos faça o mesmo» (Lc 3,11) – – Palavra de vida sugerida pelo Movimento dos Focolares para este mês de dezembro
Dia 18 de dezembro de 2014 – Últimos dias feriais do Advento
Na Diocese de Blumenau, 15º aniversário de criação da Diocese– Ano da Missão Diocesana
Evangelho segundo S. Mateus 1,18-25:
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.
Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo.
Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados».
Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do profeta, que diz:
«A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus conosco’».
Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.
E, sem que antes a tivesse conhecido, ela deu à luz um filho, ao qual ele pôs o nome de Jesus.
Comentário do dia
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Homilias sobre as palavras do Evangelho: «Eis que o anjo do Senhor lhe apareceu», n°2, 13-15
«José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa»
«José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente» (Mt 1,19). Porque era justo, não queria desonrá-la. Não teria sido justo se se tivesse feito seu cúmplice depois de a ter julgado culpada, nem se, reconhecendo a sua inocência, a tivesse condenado. Eis porque tomou a decisão de secretamente a deixar. Mas porquê deixá-la? […] Pela mesma razão, dizem os Padres, que incitou Pedro a afastar o Senhor, dizendo-Lhe: «Afasta-Te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador» (Lc 5,8). De igual modo Lhe fechou a porta o centurião, dizendo-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu teto» (Mt 8,8).
José, que se considerava um pecador, dizia para consigo mesmo que era indigno por ter por mais tempo em sua casa uma mulher cuja excelência e superioridade lhe inspiravam veneração e temor. Ele viu que Ela carregava em si mesma o sinal indubitável da presença divina; e, incapaz de compreender o mistério, queria deixá-la. São Pedro temeu a onipotência divina; o centurião ficou atemorizado com a presença da majestade de Cristo. José, enquanto homem, foi tomado de espanto ante um milagre tão singular e um tão impenetrável mistério; era por isso que, em segredo, meditava deixar Maria. Não vos espanteis por José se julgar indigno de viver ao lado da Virgem grávida; santa Isabel também não conseguiu suportar a sua presença sem ficar tomada de temor e de respeito: «E donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1,43) […]
Porquê deixá-la em segredo? Para não dar azo a que se procurasse a causa de tal separação e para que ninguém viesse exigir explicações. Que poderia este homem justo ter respondido a […] pessoas sempre prontas a contestar? Se tivesse desvelado os seus pensamentos, se tivesse dito estar convencido da pureza da sua noiva, esses céticos o teriam votado ao escárnio, e teriam lapidado Maria […]. José teve portanto razão, pois não queria mentir nem difamar. […] Mas o anjo disse-lhe: «Não temas, pois o que Ela concebeu é obra do Espírito Santo.»
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de dezembro, rezemos nas seguintes intenções:
Universal – Natal, esperança para a humanidade
Para que o nascimento do Redentor traga paz e esperança a todos os homens de boa vontade.
Pela Evangelização – Pais evangelizadores
Para que os pais sejam autênticos evangelizadores, transmitindo aos filhos o dom precioso da fé.
Fonte: http://evangelhoquotidiano.org/M/PT/