Sábado da 17ª Semana Do Tempo Comum
1 de Agosto de 2020
Cor: Branco
Evangelho – Mt 14,1-12
Herodes mandou cortar a cabeça de João.
Vieram os discípulos e foram contar tudo a Jesus.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 14,1-12:
1 Naquele tempo,
a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes.
2 Ele disse a seus servidores:
‘É João Batista, que ressuscitou dos mortos;
e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele.’
3 De fato, Herodes tinha mandado prender João,
amarrá-lo e colocá-lo na prisão,
por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe.
4 Pois João tinha dito a Herodes:
‘Não te é permitido tê-la como esposa.’
5 Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo,
que o considerava como profeta.
6 Por ocasião do aniversário de Herodes,
a filha de Herodíades dançou diante de todos,
e agradou tanto a Herodes
7 que ele prometeu, com juramento,
dar a ela tudo o que pedisse.
8 Instigada pela mãe, ela disse:
‘Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista.’
9 O rei ficou triste,
mas, por causa do juramento diante dos convidados,
ordenou que atendessem o pedido dela.
10 E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere.
11 Depois a cabeça foi trazida num prato,
entregue à moça e esta a levou para a sua mãe.
12 Os discípulos de João foram buscar o corpo
e o enterraram.
Depois foram contar tudo a Jesus.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005)
papa
Carta apostólica «Tertio Millenio adveniente», 37
João Batista, mártir da verdade
A Igreja do primeiro milênio nasceu do sangue dos mártires: «sanguis martyrum, semen christianorum» (sangue de mártires, semente de cristãos). Os acontecimentos históricos […] nunca teriam podido garantir um desenvolvimento da Igreja como o que se verificou no primeiro milênio, se não tivesse havido aquela sementeira de mártires e aquele patrimônio de santidade que caraterizaram as primeiras gerações cristãs.
No final do segundo milênio, a Igreja tornou-se novamente Igreja de mártires. As perseguições contra os crentes — sacerdotes, religiosos e leigos — realizaram uma grande sementeira de mártires em várias partes do mundo. O seu testemunho, dado por Cristo até ao derramamento do sangue, tornou-se patrimônio comum de católicos, ortodoxos, anglicanos e protestantes, como ressaltava já Paulo VI. […] É um testemunho que não se pode esquecer.
No nosso século, voltaram os mártires, muitas vezes desconhecidos, como que «soldados desconhecidos» da grande causa de Deus. Tanto quanto seja possível, não se devem deixar perder na Igreja os seus testemunhos. […] Impõe-se que as Igrejas locais tudo façam para não deixar perecer a memória daqueles que sofreram o martírio, recolhendo a necessária documentação.
Isso não poderá deixar de ter uma dimensão e uma eloquência ecumênica. O ecumenismo dos santos, dos mártires, é talvez o mais persuasivo. A «communio sanctorum», a comunhão dos santos, fala com voz mais alta que os fatores de divisão. […] A maior homenagem que todas as Igrejas prestarão a Cristo no limiar do terceiro milênio será a demonstração da presença onipotente do Redentor, mediante os frutos de fé, esperança e caridade em homens e mulheres de tantas línguas e raças, que seguiram Cristo nas várias formas da vocação cristã.
Intenção de oração universal – O mundo do mar
Rezemos por todas as pessoas que trabalham e vivem do mar, entre elas os marinheiros, os pescadores e suas famílias.