Leituras Bíblicas
Dia 30 de julho de 2011
Ano da Liturgia, especialmente da Eucaristia
– Tema: “Eucaristia, fonte e cume da vida e missão da Igreja”
– Lema: Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram” (Lc 24,31)
Sábado da 17ª semana do Tempo Comum
Livro de Levítico 25,1.8-17:
O Senhor falou a Moisés, no monte Sinai, nestes termos:
«Contarás sete semanas de anos, isto é, sete vezes sete anos; de forma que a duração destas sete semanas de anos corresponderá a quarenta e nove anos.
Depois, farás ressoar fortemente a trombeta, no décimo dia do sétimo mês. No dia do grande Perdão, fareis ressoar o som da trombeta através de toda a vossa terra.
Santificareis o quinquagésimo ano, proclamando na vossa terra a liberdade de todos os que a habitam. Este ano será para vós um Jubileu; cada um de vós voltará à sua propriedade, e à sua família.
O quinquagésimo ano é o ano do Jubileu: não semeareis, não colhereis do que cresce espontaneamente, nem vindimareis as vinhas que não foram podadas.
Porque é o Jubileu, deve ser uma coisa santa para vós e comereis o produto dos campos.
Neste Jubileu, cada um de vós recobrará a sua propriedade.
Quando fizeres uma venda ao teu próximo, ou se comprares alguma coisa, não vos prejudiqueis um ao outro.
Farás essa compra ao próximo, tendo em conta os anos decorridos depois do Jubileu, e ele fará essa venda tendo em conta os anos das colheitas.
Conforme os anos forem mais ou menos numerosos, assim tu pagarás mais ou menos pelo que adquirires, porque é um número de colheitas que ele te vende.
Não vos prejudiqueis uns aos outros. Teme o teu Deus, porque Eu sou o Senhor, vosso Deus.»
Livro de Salmos 67(66),2-3.5.7-8:
Deus se compadeça de nós e nos abençoe, faça brilhar sobre nós a luz do seu rosto.
Sejam conhecidos na terra os teus caminhos e entre as nações, a tua salvação!
Alegrem-se e exultem as nações, porque julgas os povos com justiça e governas as nações sobre a terra.
O campo dá os seus frutos. Deus, o nosso Deus, nos abençoa.
Que Deus nos abençoe; e o seu temor chegue aos confins da terra!
Evangelho segundo S. Mateus 14,1-12:
Por aquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos de Herodes, o tetrarca,
e ele disse aos seus cortesãos: «Esse homem é João Batista! Ressuscitou dos mortos e, por isso, se manifestam nele tais poderes miraculosos.»
De fato, Herodes tinha prendido João, algemara-o e metera-o na prisão, por causa de Herodíade, mulher de seu irmão Filipe.
Porque João dizia-lhe: «Não te é lícito possuí-la.»
Quisera mesmo dar-lhe a morte, mas teve medo do povo, que o considerava um profeta.
Ora, quando Herodes festejou o seu aniversário, a filha de Herodíade dançou perante os convidados e agradou a Herodes,
pelo que ele se comprometeu, sob juramento, a dar-lhe o que ela lhe pedisse.
Induzida pela mãe, respondeu: «Dá-me, aqui num prato, a cabeça de João Batista.»
O rei ficou triste, mas, devido ao juramento e aos convidados, ordenou que a trouxessem
e mandou decapitar João Batista na prisão.
Trouxeram, num prato, a cabeça de João e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe.
Os discípulos de João vieram buscar o corpo e sepultaram-no; depois, foram dar a notícia a Jesus.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II
Carta apostólica «Tertio Millenio adveniente», 37
João Batista, mártir da verdade
A Igreja do primeiro milénio nasceu do sangue dos mártires: «sanguis martyrum — semen christianorum» (sangue de mártires, semente de cristãos). Os acontecimentos históricos […] nunca teriam podido garantir um desenvolvimento da Igreja como o que se verificou no primeiro milênio, se não tivesse havido aquela sementeira de mártires e aquele patrimônio de santidade que caracterizaram as primeiras gerações cristãs. No final do segundo milênio, a Igreja tornou-se novamente Igreja de mártires. As perseguições contra os crentes — sacerdotes, religiosos e leigos — realizaram uma grande sementeira de mártires em várias partes do mundo. O seu testemunho, dado por Cristo até ao derramamento do sangue, tornou-se patrimônio comum de católicos, ortodoxos, anglicanos e protestantes, como ressaltava já Paulo VI. […] É um testemunho que não se pode esquecer.
No nosso século, voltaram os mártires, muitas vezes desconhecidos, como que «soldados desconhecidos» da grande causa de Deus. Tanto quanto seja possível, não se devem deixar perder na Igreja os seus testemunhos. […] Impõe-se que as Igrejas locais tudo façam para não deixar perecer a memória daqueles que sofreram o martírio, recolhendo a necessária documentação.
Isso não poderá deixar de ter uma dimensão e uma eloquência ecumênica. O ecumenismo dos santos, dos mártires, é talvez o mais persuasivo. A «communio sanctorum», a comunhão dos santos, fala com voz mais alta que os fatores de divisão. […] A maior homenagem que todas as Igrejas prestarão a Cristo no limiar do terceiro milênio será a demonstração da presença onipotente do Redentor, mediante os frutos de fé, esperança e caridade em homens e mulheres de tantas línguas e raças, que seguiram Cristo nas várias formas da vocação cristã.
Com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas Intenções do Apostolado da Oração para este mês de julho:
Geral: Para que os cristãos contribuam a aliviar, especialmente nos países mais pobres, o sofrimento material e espiritual dos doentes de AIDS.
Missionária: Para as religiosas que atuam em terras de missão, a fim de que sejam testemunhas da alegria do Evangelho e sinal vivo do amor de Cristo.