Faz jejuar o nosso coração:
que saiba renunicar a tudo aquilo que o distancia
do teu amor, Senhor, e que se una a ti
mais exclusivamente e mais sinceramente.
Faz jejuar o nosso orgulho,
de todas as nossas ambições, das nossas reivindicações,
tornando-nos mais humildes e infundindo em nós
como uma única ambição, aquela de servir-te.
Faz jejuar as nossas paixões,
a nossa fome de prazer,
a nossa sede de riqueza,
o acúmulo ávido e a ação violenta;
que nosso único desejo seja de agradar-te em tudo.
Faz jejuar o nosso eu,
demais centrado em si mesmo, egoísta, endurecido,
que só deseja tirar a sua vantagem:
que saiba esquecer-se de si, esconder-se, doar-se.
Faz jejuar a nossa lingua,
frequentemente agitada, muito rápida nas suas réplicas,
severa nos julgamentos, ofensiva ou desdenhosa:
faz que expresse somente estima e bondade.
Que o jejum da alma,
com todos os nossos esforços por nos aperfeiçoarmos,
possa subir para ti como oferta agradável,
merecermos uma alegria mais pura, mais profunda.
(Tradução do italiano: Pe. Raul Kestring)