A Igreja Católica vai celebrar este domingo o 98.º Dia Mundial do Migrante e Refugiado, que Bento XVI dedica este ano ao tema da nova evangelização e às problemáticas associadas aos fenómenos migratórios.
O Papa alerta para as “atuais e palpáveis consequências da secularização”, da “aparição de novos movimentos sectários”, de “uma difundida insensibilidade à fé cristã” e “uma acentuada tendência para a fragmentação”.
Neste contexto, Bento XVI apela a uma “nova evangelização, inclusive no vasto e complexo fenómeno da mobilidade humana”.
O texto desenvolve o tema ‘Migrações e nova evangelização’, lembrando aqueles que “cresceram no seio de povos marcados pela fé cristã”, mas acabaram por emigrar para países onde os cristãos são uma minoria “ou a antiga tradição de fé já não é convicção pessoal”.
O Papa convida os católicos a conservarem a sua fé nesses contextos, o que se pode tornar "uma ocasião para proclamar que, em Jesus Cristo, a humanidade se torna participante do mistério de Deus e da sua vida de amor” ou para “despertar a consciência cristã adormecida”.
Para Bento XVI “o atual fenómeno migratório é também uma oportunidade providencial para o anúncio do Evangelho no mundo contemporâneo”, apelando à cooperação entre “as Igrejas tanto de proveniência, como de trânsito e de acolhimento dos fluxos migratórios”.
A mensagem fala ainda da situação de “numerosos estudantes vindos de outros países” que enfrentam “problemas de inserção, dificuldades burocráticas, aflições na busca de alojamento e de estruturas de acolhimento”.
Rádio Vaticano, 14/1/2012