Grã-Bretanha pode defender cristãos no Paquistão Petição entregue em Downing Street por uma delegação ecumênica

10/07/2011 | ZENIT

Mais de 6 mil assinaturas foram entregues, no último sábado, na sede do primeiro-ministro britânico de Londres para pedir que o Reino Unido aja de maneira mais decidida para defender os cristãos e demais minorias no Paquistão.

A petição foi apresentada por uma delegação ecumênica da qual participou também Neville Kyrke-Smith, diretor para o Reino Unido da associação caritativa internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que trabalha a favor dos cristãos perseguidos e sofredores.

A visita à residência do primeiro-ministro foi seguida por uma marcha de protesto de duas milhas, para evidenciar a violação dos direitos humanos no Paquistão.

Tanto a manifestação quanto a petição solicitavam a proteção dos cristãos e de outras minorias, destacando as difundidas críticas à lei paquistanesa sobre a blasfêmia, que impõe penas inclusive de morte ou de cadeia perpétua por ofensas contra o Islã.

As autoridades paquistanesas foram duramente criticadas pela falta de ação frente aos muitos abusos desta lei.

Nos primeiros meses deste ano, o governador dePunjab, Salman Taseer, e o ministro federal para as minorias, Shahbaz Bhatti, foram assassinados depois de terem criticado a lei sobre a blasfêmia e a violência vinculada a ela.

No evento do sábado, durante o qual se prestou homenagem a Shahbaz Bhatti, participaram também representantes sikhs, hindus e muçulmanos.

"Ajudem-nos a mudar a blasfema lei sobre a blasfêmia, que leva a assassinatos – disse Neville Kyrke-Smith, falando fora de Downing Street. Pedimos ao governo de David Cameron que garanta que os direitos religiosos sejam incluídos em todas as discussões com os demais países."

Suas palavras chegam depois de o governo britânico ser criticado em março, pelos planos de aumentar a ajuda britânica ao Paquistão, apesar do crescimento das violações dos direitos humanos, sobretudo contra as minorias.

O cardeal Keith O’Brien, arcebispo de St. Andrews e Edimburgo, assinou a petição de AIS, além de outras 2 mil pessoas que assinaram a petição de uma reforma de lei sobre a blasfêmia e um reforço do direito.

Outras 4.500 pessoas assinaram a petição da British Pakistani Christian Association, pedindo a libertação de Asia Bibi, presa por acusações relacionadas à lei em questão.

"O governo do Paquistão deve perceber os tremendos abusos contra os direitos humanos ocorridos em seu país", disse Wilson Chwdhry, líder da British Pakistani Christian Association.

O imame Taj Hargey, do Centro Educativo Muçulmano de Oxford, condenou, por sua vez, os extremistas paquistaneses que cometem atos violentos em nome da lei sobre a blasfêmia. "As pessoas que cometem atos violentos desse tipo difamam a minha fé e a desacreditam", acrescentou.

"A lei sobre a blasfêmia é uma lei má – declarou o bispo Nazir Alí. Destruiu a reputação do Paquistão na comunidade internacional."

Ajuda à Igreja que Sofre continua coletando assinaturas para reformar a lei.

Fonte: ZENIT
 

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