Francisco: Já os primeiros bispos eram carreiristas

Uma missa em São Pedro para os cardeais e bispos defuntos

O Papa na Santa Marta: “Os discípulos litigavam sobre quem seria o maior entre eles: eh, o carreirismo”; eis porque Jesus ensina a eles a verdadeira atitude: aquela “das crianças”.
 

Domenico Agassi Jr – Roma, 02 de outubro de 2014

Papa Francisco se pronunciou novamente contra o carreirismo na Igreja, evidenciando que já estava presente desde as origens. Jesus, de fato ensina aos apóstolos a serem como as crianças, “porque os discípulos litigavam sobre quem seria o maior entre eles: existia uma disputa interna; eh, o carreirismo, eh? Estes, que são os primeiros bispos, tinham esta tentação do carreirismo. Eh, eu quero me tornar maior do que tu…”. Recordou  isso – e o denunciou – o Pontífice na Missa matutina na Casa Santa Marta, como reporta a Rádio Vaticano.

O carreirismo eclesiástico é tão antigo quanto a Igreja, na prática, afirmou o Pontífice contando o episódio evangélico dos discípulos que se achegam a Cristo, que diz: “Quem, portanto, é maior no Reino dos céus?” O fato de pensar e dizer “eh, eu quero me tornar maior do que tu”, segundo o Papa Bergoglio é o erro primordial dos bispos. “Não é um bom exemplo – observou Francisco – que os primeiros bispos façam isso, mas é a realidade”; eis porque o Filho de Deus ensina-lhes “a verdadeira atitude”, aquela das crianças: “A docilidade, a necessidade de conselhos, a necessidade de ajuda, porque a criança é exatamente o sinal da necessidade de ajuda, de docilidade para ir adiante”; “Esta – afirmou – é a estrada. Não quem é maior. Aqueles que mais se aproximam da atitude de uma criança são os mais próximos à contemplação do Pai”.

Na homilia o Papa se ateve também à figura do Anjo da Guarda (hoje a Igreja celebra os santos Anjos da Guarda): todos o tem, “ninguém caminha sozinho e ninguém pode pensar que está sozinho” porque tem sempre “este companheiro”, sublinhou. Porém, precisamos estar atentos, admoestou o Pontífice: “Quando nós não queremos escutar o seu conselho, escutar a sua voz, é o mesmo que lhe dizer: “Mas, vai-te embora!” e segundo Francisco “mandar embora o companheiro de caminho é perigoso, porque nenhum homem, nenhuma mulher pode aconselhar-se a si mesmo. Existe o Espírito Santo que me aconselha, existe o anjo que me aconselha. Por isso, temos necessidade.”

O Papa prosseguiu acentuando que “todos nós, segundo a tradição da Igreja, temos um anjo conosco, que nos guarda, nos faz perceber as coisas. Quantas vezes escutamos: “Mas isto deverias fazer assim, isto não é bom, esteja atento…”: tantas vezes! É a voz deste nosso companheiro de viagem”. 

Para Francisco é certo que “ele nos leva ao destino da nossa vida com os seus conselhos”, e por isso precisamos “escutar a sua voz, não rebelar-se. Porque a rebelião, a vontade de ser independente, é uma coisa que todos nós temos; é a soberba, aquela que teve o nosso pai Adão no Paraíso terrestre: a mesma. Não rebela-te: segue os seus conselhos”.

Enfim, o Papa sugeriu um exame de consciência em atenção ao relacionamento com o Anjo da Guarda: “Eu hoje faria a pergunta: como está o meu relacionamento com o meu Anjo da Guarda? Escuto-o? Digo-lhe “bom dia”, pela manhã? Digo-lhe: “Guarda-me durante o sono”? Peço-lhe conselho?”

Conteúdo original, em italiano: http://vaticaninsider.lastampa.it/vaticano/dettaglio-articolo/articolo/santa-marta-36682/
 Tradução para o português: Pe. Raul Kestring

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