23 de setembro de 2015 – Quarta-feira da 25ª semana do Tempo Comum
15º aniversário da Diocese de Blumenau – Ano da Missão Diocesana
Evangelho segundo S. Lucas 9,1-6:
Naquele tempo, Jesus chamou os doze Apóstolos e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curarem todas as doenças.
Depois, enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os doentes,
e disse-lhes: «Nada leveis para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas.
Em qualquer casa em que entrardes, ficai lá até ao vosso regresso.
Quanto aos que vos não receberem, saí dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés, para servir de testemunho contra eles.»
Eles puseram-se a caminho e foram de aldeia em aldeia, anunciando a Boa-Nova e realizando curas por toda a parte.
Comentário do dia
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Comentário ao salmo 65, §§ 19-29
«Foram de aldeia em aldeia, anunciando a Boa Nova»
Qual é «a palavra de louvor» (Sl 65,8) que é preciso proclamar? Seguramente esta: «Ele deu vida à alma» dos crentes (v.9); porque Deus atribuiu a constância e a perseverança na profissão da fé à pregação dos apóstolos e à confissão dos mártires, e o anúncio do Reino dos céus percorreu a terra em todos os sentidos como que passo a passo. Com efeito, «a sua mensagem espalhou-se por toda a terra» (Sl 18,5). E o Espírito Santo proclama a glória desta corrida espiritual: «Como são belos os pés dos que anunciam a boa nova, dos que anunciam a paz» (Is 52,7). É pois esta palavra de louvor a Deus que é necessário proclamar, segundo o testemunho do salmista: «Deu a vida à minha alma e não deixou que os meus passos vacilassem.» Com efeito, os apóstolos não se deixaram desviar do curso espiritual da sua pregação pelo terror das ameaças humanas, e a firmeza dos seus passos solidamente assentes impediu-os de se afastarem do caminho da fé. […]
Contudo, depois de ter dito: «Ele não deixou que os meus passos vacilassem», o salmista acrescenta: «Ó Deus, tu provaste-nos, purificaste-nos pelo fogo como se purifica a prata» (v.10). Esta palavra, começada no singular, refere-se contudo a muitos. Pois único é o Espírito e uma a fé dos crentes, segundo o que está dito nos Atos dos Apóstolos: «Os crentes tinham uma só alma e um só coração» (At 4,32). […]
Mas o que significa esta comparação: foram purificados «pelo fogo como se purifica a prata»? Para mim, purifica-se a prata para dela separar a escória que adere à matéria ainda em bruto. […] É por isso que, quando Deus põe à prova os que crêem nele, não é porque ignore a sua fé, mas porque «a perseverança produz a virtude» como diz o apóstolo Paulo (Rm 5,4). Deus submete-os à prova, não para os conhecer, mas para os levar à consumação da virtude. Assim, purificados pelo fogo e separados de qualquer ligação aos vícios da carne, poderão resplandecer no brilho da inocência que estas provas lhes proporcionaram.
Com o Papa e todo o povo de Deus, neste mês de setembro, rezemos nas seguintes intenções
Universal: Oportunidades para os jovens Para que abundem as oportunidades de formação e de trabalho para os jovens.
Pela Evangelização: Catequistas, testemunhas da fé Para que a vida dos catequistas seja um testemunho coerente da fé que anunciam.