“Em ti está a fonte da vida” (Sl 35[36],10)
– Palavra de vida para este mês de novembro, sugerida pelo Movimento dos Focolares http://migre.me/mEg7x
Dia 19 de novembro de 2014 – Quarta-feira da 33ª semana do Tempo Comum
Na Diocese de Blumenau, 15º aniversário de criação da Diocese– Ano da Missão Diocesana
Evangelho segundo S. Lucas 19,11-28:
Naquele tempo, disse Jesus uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia manifestar-se mediatamente.
Disse, pois: «Um homem nobre partiu para uma região longínqua, a fim de tomar posse de um reino e em seguida voltar.
Chamando dez dos seus servos, entregou-lhes dez minas e disse-lhes: 'Fazei render a mina até que eu volte.'
Mas os seus concidadãos odiavam-no e enviaram uma embaixada atrás dele, para dizer: 'Não queremos que ele seja nosso rei.'
Quando voltou, depois de tomar posse do reino, mandou chamar os servos a quem entregara o dinheiro, para saber o que tinha ganho cada um deles.
O primeiro apresentou-se e disse: 'Senhor, a tua mina rendeu dez minas.'
Respondeu-lhe: 'Muito bem, bom servo; já que foste fiel no pouco, receberás o governo de dez cidades.'
O segundo veio e disse: 'Senhor, a tua mina rendeu cinco minas.'
Respondeu igualmente a este: 'Recebe, também tu, o governo de cinco cidades.'
Veio outro e disse: 'Senhor, aqui tens a tua mina que eu tinha guardado num lenço,
pois tinha medo de ti, que és homem severo, levantas o que não depositaste e colhes o que não semeaste.'
Disse-lhe ele: 'Pela tua própria boca te condeno, mau servo! Sabias que sou um homem severo, que levanto o que não depositei e colho o que não semeei;
então, porque não entregaste o meu dinheiro ao banco? Ao regressar, tê-lo-ia recuperado com juros.'
E disse aos presentes: 'Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez minas.'
Responderam-lhe: 'Senhor, ele já tem dez minas!'
Digo-vos Eu: A todo aquele que tem, será dado, mas àquele que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado.
Quanto a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e degolai-os na minha presença.»
Dito isto, Jesus seguiu para diante, em direção a Jerusalém.
Comentário do dia
Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Encíclica «Caritas in veritate / L’amour dans la vérité», §§ 48, 50 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)
«Fazei-a render»
O ambiente natural foi dado por Deus a todos, constituindo o seu uso uma responsabilidade que temos para com os pobres, as gerações futuras e a humanidade inteira. […] Na natureza, a pessoa de fé reconhece o resultado maravilhoso da intervenção criadora de Deus, de que o homem pode responsavelmente servir-se para satisfazer as suas legítimas exigências — materiais e imateriais —, no respeito pelos equilíbrios intrínsecos da própria criação. Se falta esta perspectiva, o homem acaba por considerar a natureza um tabu intocável ou, ao contrário, por abusar dela. Nem uma nem outra destas atitudes corresponde à visão cristã da natureza, fruto da criação de Deus.
A natureza é expressão de um desígnio de amor e de verdade. Precede-nos, tendo-nos sido dada por Deus como ambiente de vida. Fala-nos do Criador (Rm 1,20) e do seu amor pela humanidade. Está destinada, no fim dos tempos, a ser «instaurada» em Cristo (Ef 1,9-10; Cl 1,19-20). Por conseguinte, também ela tem uma «vocação». A natureza está à nossa disposição, não como um monte de lixo espalhado ao acaso, mas como um dom do Criador, que traçou os seus ordenamentos intrínsecos, dos quais o homem tirará as devidas orientações para a «guardar e cultivar» (Gn 2,15). […]
É lícito ao homem exercer um governo responsável sobre a natureza para a guardar, fazer frutificar e cultivar, inclusive com formas novas e tecnologias avançadas, para que possa acolher e alimentar condignamente a população que a habita. Há espaço para todos nesta nossa Terra: aqui, a família humana inteira deve encontrar os recursos necessários para viver decorosamente. […] Devemos, porém, sentir como gravíssimo o dever de entregar a Terra às novas gerações num estado tal, que também elas possam dignamente habitá-la e continuar a cultivá-la.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de novembro, rezemos nas seguintes intenções:
Universal – Pessoas em solidão
Para que as pessoas que sofrem a solidão sintam a proximidade de Deus e o apoio dos irmãos.
Pela Evangelização – Formadores do clero e dos religiosos
Para que os seminaristas, os religiosos e as religiosas jovens tenham formadores sábios e bem preparados.