"Todo o que bebe dessa água, terá sede de novo; mas quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede: porque a água que eu darei se tornará nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna." (Jo 4,13-14) http://migre.me/aybXh
Dia 09 de setembro de 2012 – 23º Domingo do Tempo Comum – Ano B
Na Diocese de Blumenau, Triênio Missionário – Ano da Missão na Família
Evangelho segundo S. Marcos 7,31-37:
Naquele tempo, Jesus deixou de novo a região de Tiro, veio por Sídon para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-lhe um surdo-mudo e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele.
Afastando-se com ele da multidão, Jesus meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua.
Erguendo depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «abre-te.»
Logo os seus ouvidos se abriram, soltou-se a prisão da língua e falava corretamente.
Jesus mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais recomendava isso, mais eles o apregoavam.
No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão 49, 1º para o 12º domingo depois da Trindade
«Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos»
Temos de examinar de perto o que torna um homem surdo. Por ter escutado as insinuações do inimigo, por ter ouvido as suas palavras, o primeiro casal dos nossos antepassados foi o primeiro a ficar surdo. E nós também, a seguir a eles, de modo que já não conseguimos ouvir ou compreender as inspirações amorosas do Verbo Eterno. E, no entanto, sabemos bem que o Verbo Eterno está no fundo do nosso ser, mais inefavelmente perto de nós e em nós do que o nosso próprio ser, na nossa própria natureza, nos nossos pensamentos; nada do que podemos nomear, dizer ou compreender está tão perto de nós e nos está tão intimamente presente como o Verbo Eterno. E o Verbo fala sem cessar no homem. Mas o homem não consegue ouvir, devido à grande surdez que o aflige. […] Do mesmo modo, foi de tal maneira atingido nas suas outras faculdades que também se tornou mudo e já não se conhece a si próprio. Se quisesse falar do seu interior, não conseguiria fazê-lo, pois não sabe qual é a sua situação e não reconhece o seu próprio modo de ser. […]
O que é então esse murmurar incomodativo do inimigo? É toda a desordem cujo reflexo ele te mostra e te persuade a aceitar, servindo-se do amor ou da procura das coisas criadas, deste mundo e de tudo o que lhe está ligado: bens, honrarias, até mesmo amigos e pais, até a tua própria natureza, resumindo, tudo o que te traz o gosto dos bens deste mundo decaído. É disso tudo que é composto o seu murmurar. […]
Então vem Nosso Senhor: mete o seu dedo sagrado no ouvido do homem, aplica-lhe saliva na língua, permitindo-lhe recuperar a palavra.
Com o Papa e a Igreja, neste mês, rezemos nas seguintes intenções:
Geral – Os políticos
Para que os políticos actuem sempre com honestidade, integridade e amor à verdade.
Missionária – Auxílio às Igrejas pobres
Para que as comunidades cristãs estejam sempre mais disponíveis para enviar missionários, sacerdotes e leigos, e recursos materiais em favor das Igrejas mais pobres.