Evangelho de domingo: fidelidade no pequeno

Por Dom Jesús Sanz Montes, ofm

Publicamos o comentário ao Evangelho do próximo domingo, 19 de setembro, XXV do Tempo Comum (Lc 16,1-13), redigido por Dom Jesús Sanz Montes, ofm, arcebispo de Oviedo (Espanha).

* * *

Aparentemente Jesus exalta a habilidade de um administrador infiel. Mas temos de ser cautelosos e entrar em sintonia com quem é exaltado: não é a infidelidade, a corrupção, mas a habilidade, a astúcia daquele administrador esperto. Quem é fiel no pouco, também será no muito. O que sugere dizer: tudo aquilo que gostaria de mudar de um mundo cruel, comece mudando em sua própria casa, em seu coração.

Na verdade, quem nunca se queixou alguma vez de como vai nosso mundo? A política, economia, paz, justiça, família, idosos, jovens, e uma longa lista de coisas onde percebemos nossa sociedade bastante desmoralizada. Em tudo não falta razão: perdeu-se o rumo de muitas coisas, abandonaram-se impunemente muitos princípios básicos, destruíram-se tantos valores que não eram negociáveis, desumanizou-se nossa humanidade.

Mas há duas saídas: cair tanto em pessimismos deprimentes (tudo é mau, e qualquer tempo passado foi melhor) ou em otimismos irresponsáveis (o importante é mudar, arrasar, nada mais resta do passado). Por outro lado, é melhor ter um olhar sereno sobre o mundo, sobre a vida, sobre a dor, o amor, tantas coisas, e começar a corrigir a si mesmo. O mundo novo, a terra nova, começa por minha casa, por meu próprio coração. Começamos pelo pouco, pelo pequeno, pelo cotidiano, pelo nosso. Não é o governo atual, nem os organismos mundiais de vanguarda, nem o Vaticano, nem os banqueiros, nem os jornalistas, nem os sindicatos… quem deve dar a luz de saída.

O mundo novo começa mais próximo de mim, em minha atitudes, em minhas opções, em meu modo de escutar, atender, de propor, de viver.

O chamado de Jesus é claro: não podemos ter dois patrões, dois amos. Ou nos juntamos ao projeto de Deus, a seu projeto de humanidade, de civilização do amor, ou nos apontamos à barbárie, na qual termina sempre toda pretensão que censura algum aspecto do coração do homem. Sem Deus, sem este “amo” tão especial que nos faz livres, é muito difícil construir um mundo que conheça justiça, paz, respeito, liberdade e felicidade. Coloquemos o Senhor em nossas metas e em nossas casas, sem fanatismos e sem complexos. Porque quem ama verdadeiramente a Deus não despreza o homem irmão.
 

ZENIT, 17/09/2010

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