Evangelho de 22 de outubro de 2021: «Porque não sabeis discernir o tempo presente?» – Santo Agostinho (354-430) bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja Sermão 109; PL 38,636

6ª-feira da 29ª Semana Do Tempo Comum
22 de Outubro de 2021
Cor: Verde

Evangelho – Lc 12,54-59
Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu.
Como é que não sabeis interpretar o tempo presente?

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 12,54-59:
Naquele tempo:
54 Jesus dizia às multidões:
‘Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente,
logo dizeis que vem chuva.
E assim acontece.
55 Quando sentis soprar o vento do sul,
logo dizeis que vai fazer calor.
E assim acontece.
56 Hipócritas! Vós sabeis interpretar
o aspecto da terra e do céu.
Como é que não sabeis interpretar o tempo presente?
57 Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?
58 Quando, pois, tu vais com o teu adversário
apresentar-te diante do magistrado,
procura resolver o caso com ele
enquanto estais a caminho.
Senão ele te levará ao juiz,
o juiz te entregará ao guarda,
e o guarda te jogará na cadeia.
59 Eu te digo: daí tu não sairás,
enquanto não pagares o último centavo.’
Palavra da Salvação.

 

Comentário do dia 

Santo Agostinho (354-430)
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 109; PL 38,636

«Porque não sabeis discernir o tempo presente?»

 

Acabamos de escutar o evangelho em que Jesus critica aqueles que, sabendo reconhecer o aspecto do céu, não eram capazes de reconhecer o tempo em que urgia crer no Reino dos Céus. Era aos judeus que Ele o dizia, mas essa palavra também se dirige a nós. Ora, o próprio Senhor Jesus Cristo começou assim a sua pregação: «Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu» (Mt 4,17). João Batista, o Precursor começara da mesma forma: «Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu» (Mt 3,2).

Agora o Senhor acusa-os de não se quererem converter, ainda que o Reino dos Céus esteja próximo. […] Só Deus sabe quando será o fim do mundo: seja quando for, o tempo da fé é hoje. […] O tempo está próximo para todos nós, porque somos mortais. Caminhamos no meio de perigos. Se fôssemos de vidro, não os recearíamos tanto; com efeito, não há coisa mais frágil que um recipiente de vidro, e no entanto conservamo-lo e dura séculos, porque pode cair, mas não pode envelhecer nem ser atingido por uma febre.

Mas nós somos mais frágeis e mais fracos que o vidro, e essa fragilidade faz-nos recear em cada dia todos os acidentes que são constantes na vida dos homens. E se não houver acidentes, continua a existir o tempo que avança. O homem evita os choques; poderá evitar a sua última hora? Ele evita o que vem do exterior; poderá extirpar o que nasce no seu interior? Por vezes, é subitamente dominado por uma doença. E, mesmo que tenha sido poupado toda a vida, quando a velhice por fim chega, não há adiamento possível.

Outro comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005)
papa
Encíclica «Dives in Misericordia» § 15 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

Discernir os sinais do nosso tempo

A Igreja tem o direito e o dever de apelar «com grande clamor» para o Deus da misericórdia (Hb 5,7). Este «grande clamor» há de caracterizar a Igreja do nosso tempo […], um clamor a suplicar a misericórdia segundo as necessidades do homem no mundo contemporâneo. […] Deus é fiel a Si próprio, à sua paternidade e ao seu amor! Tal como os profetas, nós apelamos para este amor de caraterísticas maternais, que, à semelhança da mãe, vai acompanhando cada um dos seus filhos, cada ovelha desgarrada – ainda que houvesse milhões de extraviados, ainda que no mundo a iniquidade prevalecesse sobre a honestidade e ainda que a humanidade contemporânea merecesse pelos seus pecados um novo dilúvio, como outrora sucedeu com a geração de Noé.

Recorramos, pois, a tal amor, que é um amor paterno, como nos foi revelado por Cristo na sua missão messiânica, e que atingiu o ponto culminante na sua cruz, morte e ressurreição! Recorramos a Deus por meio de Cristo, lembrados das palavras do Magnificat de Maria, que proclamam a sua misericórdia «de geração em geração» (Lc 1,50). Imploremos a misericórdia divina para a geração contemporânea […]: elevemos as nossas súplicas, guiados pela fé, pela esperança e pela caridade que Cristo implantou no nosso coração.

Esta atitude é, ao mesmo tempo, de amor para com este Deus que o homem contemporâneo por vezes afastou tanto de si que O considera um estranho e de várias maneiras O proclama supérfluo. É de amor para com este Deus, em relação ao qual sentimos profundamente quanto o homem contemporâneo O ofende e O rejeita. Por isso, estamos prontos para clamar com Cristo na cruz: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,24). Tal atitude é também de amor para com os homens, para com todos os homens, sem exceção e sem qualquer discriminação: sem diferenças de raça, de cultura, de língua, de concepção do mundo, e sem distinção entre amigos e inimigos.

 

Intenção pela evangelização – Discípulos missionários
Rezemos para que cada batizado seja envolvido na evangelização e disponível para a missão, através de um testemunho de vida que tenha o sabor do Evangelho.

 

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