"Fogo eu vim lançar sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso!" (Lc 12,49) http://migre.me/8Ux5y
Dia 02 de maio de 2012 – Quarta-feira da 4ª semana da Páscoa
Na Diocese de Blumenau, 1º ano do Triênio Missionário: Missão na Família
Evangelho segundo S. João 12,44-50:
Jesus levantou a voz e disse: «Quem crê em mim não é em mim que crê, mas sim naquele que me enviou;
e quem me vê a mim vê aquele que me enviou.
Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em mim não fique nas trevas.
Se alguém ouve as minhas palavras e não as cumpre, não sou Eu que o julgo, pois não vim para condenar o mundo, mas sim para o salvar.
Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras tem quem o julgue: a palavra que Eu anunciei, essa é que o julgará no último dia;
porque Eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, é que me encarregou do que devo dizer e anunciar.
E Eu bem sei que este seu mandato traz consigo a vida eterna; por isso, as coisas que Eu anuncio, anuncio-as tal como o Pai as disse a mim.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Lansperge, o Cartuxo (1489-1539), religioso, teólogo
Sermão 5 (Opera omnia 3, 315)
«Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas»
A humildade com que Cristo «Se esvaziou a Si mesmo, tomando a condição de servo» (Fl 2,7) é para nós luz, como é luz também a sua recusa da glória deste mundo, Ele que preferiu nascer num estábulo em vez de um palácio e sofrer uma morte vergonhosa numa cruz. É graças a esta humildade que somos capazes de ter consciência de quanto é detestável o pecado de alguém que, sendo pó apenas (Gn 2,7), um pobre homenzinho de nada, pelo poder do orgulho se glorifica e recusa a obedecer, ao passo que vemos a Deus infinito humilhado, desprezado e entregue ao bel-prazer dos homens.
A mansidão com que suportou a fome, a sede, o frio, os insultos, os golpes, as feridas, também ela é para nós luz, uma vez que «não abriu a boca, como um cordeiro que é levado ao matadouro ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador» (Is 53,7). É graças a esta mansidão que somos capazes de ver como a cólera é inútil, assim como a ameaça; então, dispomo-nos a sofrer e a servir a Cristo de todo o coração. É graças a ela que, por fim, compreendemos tudo o que nos é pedido: expiar os nossos pecados na submissão e no silêncio e suportar com paciência o sofrimento quando surgir. Assim Cristo suportou os Seus tormentos com essa brandura e paciência, não pelos Seus próprios pecados, mas pelos dos outros.
Irmãos caríssimos, reflitamos desde já em todas as virtudes que Cristo nos ensinou com a Sua vida exemplar, nos recomenda com o seu estímulo e nos ajuda a imitar com a fortaleza da sua graça.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês, rezemos nas seguintes intenções:
Geral – Defender a família
Para que na sociedade sejam promovidas iniciativas que defendam e reforcem o papel da família.
Missionária – Maria, protetora dos missionários
Para que Maria, Rainha do mundo e Estrela da Evangelização, acompanhe todos os missionários no anúncio de seu Filho Jesus.