Dia 21 de maio de 2018 – Segunda-feira da 7ª semana do Tempo Comum
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. Marcos 9,14-29:
Naquele tempo, Jesus desceu do monte, com Pedro, Tiago e João. Ao chegarem junto dos outros discípulos, viram uma grande multidão à sua volta e os escribas a discutir com eles.
Logo que viu Jesus, a multidão ficou surpreendida e correu a saudá-l’O.
Jesus perguntou-lhes: «Que estais a discutir?».
Alguém Lhe respondeu do meio da multidão: «Mestre, eu trouxe-Te o meu filho, que tem um espírito mudo.
Quando o espírito se apodera dele, lança-o por terra, e ele começa a espumar, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não conseguiram».
Tomando a palavra, Jesus disse-lhes: «Oh geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-mo aqui».
Levaram-no para junto d’Ele. Quando viu Jesus, o espírito sacudiu fortemente o menino, que caiu por terra e começou a rebolar-se espumando.
Jesus perguntou ao pai: «Há quanto tempo lhe sucede isto?». O homem respondeu-lhe: «Desde pequeno.
E muitas vezes o tem lançado ao fogo e à água para o matar. Mas se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e socorre-nos».
Jesus disse: «Se posso?… Tudo é possível a quem acredita».
Logo o pai do menino exclamou: «Eu creio, mas ajuda a minha pouca fé».
Ao ver que a multidão corria para junto d’Ele, Jesus falou severamente ao espírito impuro: «Espírito mudo e surdo, Eu te ordeno: sai deste menino e nunca mais entres nele».
O espírito, soltando um grito, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, de modo que muitas pessoas afirmavam que tinha morrido.
Mas Jesus tomou-o pela mão e levantou-o, e ele pôs-se de pé.
Quando Jesus entrou em casa, os discípulos perguntaram-Lhe em particular: «Porque não pudemos nós expulsá-lo?».
Jesus respondeu-lhes: «Este gênero de espíritos não se pode fazer sair, a não ser pela oração».
Comentário do dia
Catecismo da Igreja Católica
§ 153-155
«Eu creio, mas ajuda a minha pouca fé»
A fé é uma graça. Quando São Pedro confessa que Jesus é Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus declara que esta revelação não lhe veio da carne nem do sangue, mas de seu Pai que está nos Céus (cf Mt 16,17). A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural que Ele mesmo infunde. «Para guardar esta fé, o homem precisa da graça constante e auxiliadora de Deus, bem como das ajudas interiores do Espírito Santo. Este toca o coração e volta-o para Deus, abre os olhos do espírito e dá a todos o suave presente de consentir e acreditar na verdade» (Vaticano II).
A fé é um ato humano. Só é possível acreditar pela graça e pelas ajudas interiores do Espírito Santo. Mas é igualmente verdadeiro que acreditar é um ato autenticamente humano. Não é contrário à liberdade nem à inteligência do homem confiar em Deus e aderir às verdades por Ele reveladas. Se, nas relações humanas, não é contrário à nossa própria dignidade acreditar no que outras pessoas nos dizem sobre si mesmas e sobre as suas intenções, e confiar nas suas promessas (por exemplo, quando um homem e uma mulher se casam), para entrar assim em comunhão mútua; é ainda menos contrário à nossa dignidade «apresentar pela fé a plena submissão da nossa inteligência e da nossa vontade ao Deus que Se revela» (Vaticano II) e entrar assim em íntima comunhão com Ele.
Na fé, a inteligência e a vontade humanas cooperam com a graça divina: «Acreditar é um ato da inteligência que adere à verdade divina sob as ordens da vontade movida por Deus por meio da graça» (São Tomás de Aquino).
Neste mês de maio, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção::
Pela evangelização: A missão dos leigos
Para que os fiéis leigos realizem a sua missão específica colocando a sua criatividade ao serviço dos desafios do mundo atual.