Domingo da Páscoa
4 de Abril de 2021
Cor: Branco
Evangelho – Jo 20,1-9
Ele devia ressuscitar dos mortos.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,1-9:
1 No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus,
bem de madrugada, quando ainda estava escuro,
e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.
2 Então ela saiu correndo
e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo,
aquele que Jesus amava,
e lhes disse: ‘Tiraram o Senhor do túmulo,
e não sabemos onde o colocaram.’
3 Saíram, então, Pedro e o outro discípulo
e foram ao túmulo.
4 Os dois corriam juntos,
mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro
e chegou primeiro ao túmulo.
5 Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão,
mas não entrou.
6 Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás,
e entrou no túmulo.
Viu as faixas de linho deitadas no chão
7 e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não posto com as faixas,
mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o outro discípulo,
que tinha chegado primeiro ao túmulo.
Ele viu, e acreditou.
9 De fato, eles ainda não tinham compreendido a
Escritura,
segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Proclo de Constantinopla (c. 390-446)
bispo
Sermão 14; PG 65, 796
«Este é o dia […] que o Senhor fez, cantemos e alegremo-nos nele!» (Sl 118, 24)
Que bela é a festa de Páscoa! E que bela é esta assembleia! Este dia tem tantos mistérios, antigos e novos! Nesta semana de festa, ou antes, de alegria em toda a Terra, os homens rejubilam e até as forças celestes se juntam a nós para celebrar com alegria a ressurreição do Senhor. Exultam os anjos e os arcanjos, que esperam que o Rei dos Céus, Cristo nosso Deus, regresse da Terra, já vencedor; exultam os coros dos anjos, que aclamam a Cristo, elevado «das entranhas da madrugada, como o orvalho» (Sl 110,3). A
Terra exulta, lavada com o sangue de Deus; o mar exulta, honrado com os passos do Senhor. Exultem também os homens, renascido da água e do Espírito Santo; exulte o primeiro homem, Adão, liberto da antiga maldição. […] Para além de instaurar este dia de festa, a ressurreição de Cristo trocou o sofrimento pela salvação, a morte pela imortalidade, as feridas pela cura, o fracasso pela ressurreição.
Outrora, o mistério da Páscoa realizou-se no Egito segundo os ritos indicados pela Lei; mas o sacrifício do cordeiro era apenas um sinal, e hoje celebramos, segundo o Evangelho, uma Páscoa espiritual, que é o dia da ressurreição. Naquele tempo, foi imolado um cordeiro do rebanho […]; agora, é Cristo em pessoa que Se oferece como cordeiro de Deus. Dantes, era um animal do aprisco; agora já não é um cordeiro, mas o próprio Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas (cf Jo 10,11). […]
O povo hebreu atravessou o mar Vermelho e entoou um hino de vitória em honra do seu Defensor: «Cantarei ao Senhor, pois Ele é grande» (Ex 15,1); nos nossos dias, os que foram julgados dignos de receber o batismo cantam em seu coração um hino da vitória: «Só vós sois o santo, só vós o Senhor, só Vós o altíssimo Jesus Cristo […] na glória de Deus Pai, ámen». «O Senhor é Rei, vestido de majestade», aclama o profeta (Sl 93,1). O povo hebreu atravessou o mar Vermelho e comeu o maná no deserto; nós, saindo da fonte batismal, comemos o pão descido do Céu (cf Jo 6,51).
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês, rezemos pela Intenção universal:
Os direitos fundamentais
Rezemos por aqueles que arriscam a vida lutando pelos direitos fundamentais nas ditaduras, nos regimes autoritários e também nas democracias em crise.