4ª-feira da 29ª Semana do Tempo Comum – 24 de Outubro de 2018 – Cor: Verde
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª Leitura – Ef 3,2-12
O mistério de Cristo, Deus acaba de o revelar agora:
os pagãos são admitidos à mesma herança.
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios 3,2-12
Irmãos:
2 Se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu
para realizar o seu plano a vosso respeito,
3 como, por revelação, tive conhecimento do mistério,
tal como o esbocei rapidamente.
Ao ler-me, podeis conhecer
a percepção que eu tenho do mistério de Cristo.
5 Este mistério, Deus não o fez conhecer
aos homens das gerações passadas
mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito,
aos seus santos apóstolos e profetas:
6 os pagãos são admitidos à mesma herança,
são membros do corpo,
são associados à mesma promessa em Jesus Cristo,
por meio do Evangelho.
7 Disto eu fui feito ministro
pelo dom da graça que Deus me concedeu
no exercício do seu poder.
8 Eu, que sou o último de todos os santos,
recebi esta graça de anunciar aos pagãos
a insondável riqueza de Cristo
9 e de mostrar a todos como Deus realiza
o mistério desde sempre escondido nele,
o criador do universo.
10 Assim, doravante, as autoridades e poderes nos céus
conhecem, graças à Igreja,
a multiforme sabedoria de Deus,
11 de acordo com o desígnio eterno
que ele executou em Jesus Cristo, nosso Senhor.
12 Em Cristo nós temos, pela fé nele,
a liberdade de nos aproximarmos de Deus com toda a confiança.
Palavra do Senhor.
Salmo – Is 12,2-3.4bcd.5-6 (R. Cf. 3)
R. Com alegria bebereis do manancial da salvação.
2 Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo;*
o Senhor é minha força, meu louvor e salvação.
3 Com alegria bebereis do manancial da salvação.R.
4b e direis naquele dia: ‘Dai louvores ao Senhor,
4c invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas,*
4d entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime. R.
5 Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos,*
publicai em toda a terra suas grandes maravilhas!
6 Exultai cantando alegres, habitantes de Sião,*
porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!’ R.
Evangelho – Lc 12, 39-48
A quem muito foi dado, muito será pedido.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 12,39-48:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
39 Ficai certos: se o dono da casa
soubesse a hora em que o ladrão iria chegar,
não deixaria que arrombasse a sua casa.
40 Vós também ficai preparados!
Porque o Filho do Homem vai chegar
na hora em que menos o esperardes’.
41 Então Pedro disse:
‘Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?’
42 E o Senhor respondeu:
‘Quem é o administrador fiel e prudente
que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa
para dar comida a todos na hora certa?
43 Feliz o empregado que o patrão, ao chegar,
encontrar agindo assim!
44 Em verdade eu vos digo:
o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens.
45 Porém, se aquele empregado pensar:
‘Meu patrão está demorando’,
e começar a espancar os criados e as criadas,
e a comer, a beber e a embriagar-se,
46 o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado
e numa hora imprevista,
ele o partirá ao meio
e o fará participar do destino dos infiéis.
47 Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor,
nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade,
será chicoteado muitas vezes.
48 Porém, o empregado que não conhecia essa vontade
e fez coisas que merecem castigo,
será chicoteado poucas vezes.
A quem muito foi dado, muito será pedido;
a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Beato John Henry Newman (1801-1890)
teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Waiting for Christ, PPS, t. 6, n°17
«Estai vós também preparados»
«Eis que venho como um ladrão. Feliz aquele que vigia e protege as suas vestes», diz o Senhor (Ap 16,15). […] Quando Cristo diz que a sua vinda está para breve, mas que contudo chegará de súbito, de modo inesperado, está dizendo que essa espera nos parecerá longa. […] Porque será que o cristianismo fraqueja incessantemente e, no entanto, perdura? Apenas Deus o sabe. Ele o quer assim, é um fato; e não é paradoxal afirmar que este tempo da Igreja durou quase dois mil anos, que pode durar ainda muito e que, no entanto, caminha para o seu fim, que pode mesmo terminar num dia qualquer.
E o Senhor quer que estejamos virados com todo o nosso ser para a iminência do seu regresso; trata-se de vivermos como se aquilo que pode acontecer a qualquer momento fosse acontecer durante a nossa vida. Antes da chegada de Cristo, o tempo decorria de outra forma: o Salvador iria chegar e trazer a perfeição; e a religião encaminhava-se para essa perfeição.
As revelações sucediam-se […]; o tempo era medido pela palavra dos profetas, que se sucediam. […] O povo da Aliança não O esperava para breve, mas para depois da estadia em Canaã e do cativeiro no Egito, após o êxodo no deserto, os juízes e os reis, no termo dos prazos fixados para O introduzir neste mundo. Esses prazos eram reconhecidos e as sucessivas revelações preenchiam essa espera. Mas, uma vez Cristo chegado, como o Filho à sua própria casa, com o seu Evangelho perfeito, nada falta completar a não ser a reunião dos seus santos. Nenhuma doutrina mais perfeita pode ser revelada.
Surgiu a luz e a vida dos homens; Cristo morreu e ressuscitou. Nada mais há para fazer […]; por conseguinte, o fim dos tempos chegou. Além disso, embora deva existir um certo intervalo entre a primeira e a última chegada de Cristo, doravante o tempo já não conta. […] O tempo já não caminha para o fim, antes caminha a seu lado, sempre tão perto dele como se tendesse para ele. […] Cristo está sempre à nossa porta, tão próximo hoje como há dezoito séculos, e não mais próximo do que nessa altura, nem mais próximo do que quando vier.
Neste mês de outubro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção
Pela evangelização: A missão dos consagrados
Para que os consagrados e as consagradas reavivem o seu fervor missionário e estejam presentes entre os pobres, os marginalizados e aqueles que não têm voz.